Rússia x Ucrânia: negociações são adiadas para quinta-feira (3)

Encontro vai acontecer na fronteira de Belarus e Polônia

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A segunda rodada de negociações entre as delegações da Rússia e da Ucrânia deve acontecer na quinta-feira (3).

Segundo a agência de notícias Tass, a delegação ucraniana ainda não chegou a Belovezhskaya Pushcha, na fronteira de Belarus e Polônia, onde vai ocorrer os encontros para as negociações entre representantes russos e ucranianos.

A delegação russa já está Belovezhskaya Pushcha, afirmou o negociador-chefe do país, Vladimir Medinsky. “Até onde eu sei, a delegação ucraniana já deixou Kiev e está a caminho agora. Estamos esperando por eles amanhã”, falou.

Em 28 de fevereiro, a primeira rodada de negociações russo-ucranianas ocorreu na região de Gomel, e durou cerca de cinco horas.

Na época, a Ucrânia foi ao encontro com o objetivo de conseguir um cessar-fogo, enquanto a Rússia não divulgou o que pretendia na reunião o entre as partes. Os países não chegaram a nenhum acordo.

Negociações

A segunda rodada de negociações entre delegações dos dois países estava prevista para acontecer hoje. Representantes da Rússia informaram que o país está disposto a negociar o fim da guerra com a Ucrânia neste sétimo dia da invasão coordenada pelo presidente Vladimir Putin.

Enquanto não há uma definição pela via diplomática, os ataques contra a Ucrânia seguem acontecendo. A Rússia alertou que vai atacar Kiev, em locais ligados aos serviços de segurança do país, além de unidades de operações especiais. A informação foi divulgada pelo próprio Ministério de Defesa russo.

Segundo as agências de notícias Tass e RIA, a pasta alega que os ataques são uma forma de evitar “ataques de informação” contra o país.

No aviso, os russos fizeram um alerta para que civis deixem as áreas que podem ser atingidas. Entre os locais que devem ser alvo estão o Serviço de Segurança da Ucrânia e o 72º Centro de Informação e Operações Psicológicas em Kiev.

“Pedimos aos cidadãos envolvidos pelos nacionalistas ucranianos em provocações contra a Rússia e também aos moradores de Kiev que vivem perto das estações para que deixem suas casas”, dizia a nota do Ministério da Defesa da Rússia.

Reconhecimento de Zelensky

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse hoje que o governo russo reconhece Volodymyr Zelensky como presidente da Ucrânia, mudando o tom oficial com relação a liderança do país vizinho.

Além disso, Lavrov afirmou que recebeu como um “passo positivo” Zelensky querer obter “garantias de segurança” nas negociações com a Rússia.

“Nossos negociadores estão prontos para a segunda rodada de discussões sobre essas garantias com os representantes da Ucrânia”, disse o ministro em entrevista à Al Jazeera.

Lavrov disse ainda que a Rússia segue comprometida com a desmilitarização da Ucrânia e que deveria haver uma lista de armas que nunca poderiam estar no território ucraniano.

“Tipos específicos de armas de ataque devem ser identificadas e nunca devem ser implantadas na Ucrânia ou criadas”, falou.

Em entrevista na terça (1º), Zelenskiy afirmou que a Rússia deveria parar os bombardeios antes que as negociações pudessem continuar. Ele pediu garantias de segurança para a Otan — aliança militar do Ocidente.

 

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