EUA proíbem a importação de petróleo russo

As sanções que foram impostas à Rússia não previam, até o momento, proibição ao comércio de óleo e gás.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (8) que vai proibir as empresas americanas de comprar de petróleo da Rússia.

“Queremos aumentar a pressão contra a máquina de guerra de Putin”, disse Biden em um pronunciamento na Casa Branca.

Mais cedo, a imprensa americana antecipou que o democrata deveria anunciar esta proibição em meio às sanções contra o governo da Rússia por conta da guerra na Ucrânia.

“O mundo está unido contra a guerra de Putin”, disse o americano que ponderou que a decisão pode não ser acompanhada economicamente por aliados europeus.

Ele alertou que o preço da gasolina vai subir “ainda mais”, mas que irá liberar parte das reservas nacionais.

Petróleo russo

A Rússia é o maior exportador de óleo e gás natural do mundo. O país já havia sido submetido a sanções pela invasão à Ucrânia, mas as exportações de óleo para energia haviam sido poupadas.

Mais cedo, a imprensa americana antecipou que o democrata deveria anunciar esta proibição em meio às sanções contra o governo da Rússia por conta da guerra na Ucrânia.

O senador Chris Coons, do Partido Democrata, senador afirmou que a proibição deverá ser publicada nesta terça-feira ou na quarta-feira, em entrevista à rede americana CNN.

Reino Unido eliminará petróleo russo até final de 2022

 

O Reino Unido eliminará gradativamente as importações russas de petróleo e derivados até o final de 2022, disse o ministro dos Negócios, Kwasi Kwarteng. Ele pediu às empresas que usem o período para garantir uma transição suave.

“Esta transição dará ao mercado, companhias e cadeias de suprimentos tempo mais do que suficiente para substituir as importações russas, que representam 8% da demanda do Reino Unido”, disse Kwarteng.

Na segunda, Boris Johnson, disse que seu governo estabeleceria uma nova estratégia de fornecimento de energia à medida que a invasão russa da Ucrânia e a subsequente alta nos preços da energia acelerassem a necessidade de novas fontes de energia e maior autossuficiência.

Rússia diz que vai cortar gás

A Rússia afirmou que pode fechar o principal duto de gás do país até a Alemanha se os países do Ocidente proibirem a compra de petróleo russo.

Uma rejeição do óleo russo pode levar a consequências catastróficas para o mercado global, disse o vice-primeiro-ministro Alexander Novak. Segundo ele, o preço do barril poderia mais do que dobrar e chegar a US$ 300.

27 de fevereiro - Depósito de petróleo em chamas após ser atingido por um bombardeio perto da base aérea militar Vasylkiv, na região de Kiev, Ucrânia — Foto: Maksim Levin/Reuters

Os Estados Unidos estão conversando com outros países para encontrar uma forma de proibir a compra de óleo russo. Na segunda-feira, a Alemanha e a Holanda rejeitaram a ideia.

Cerca de 40% do gás e cerca de 30% do petróleo consumidos na União Europeia são de origem russa, segundo a rede BBC, do Reino Unido.
Placa indica área de construção do gasoduto Nord Stream 2 — Foto: Hannibal Hanschke/Reuters

Impactos econômicos da invasão

Os impactos econômicos do conflito se intensificaram nesta terça-feira. Os preços do petróleo seguiram em alta nesta terça-feira (8).

Perto das 9h, o barril de petróleo Brent subia 3,57%, negociado a US$ 127,61, enquanto que o WTI tinha alta de 3,02%, a US$ 123 o barril.

Os preços da gasolina nos EUA atingiram um recorde. No Reino Unido, a negociação de níquel foi suspensa depois que os preços dobraram em duas horas.

A Shell, a empresa de óleo britânica, afirmou que suspendeu a compra de óleo da Rússia e pediu desculpas por ter comprado um carregamento na semana passada.

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