A missão Gaia foi lançada em 2013 pela Agência Espacial Europeia (ESA) e mesmo com quase uma década no espaço ainda consegue surpreender os cientistas. Apesar de ser uma sonda voltada para a observação de estrelas, ela se mostrou útil também na identificação de planetas.
Em uma nova missão, o topógrafo avistou os corpos celestes com dimensões similares as de Júpiter em um ponto remoto da galáxia. A descoberta foi confirmada pelo Grande Telescópio Binocular, localizado no Arizona (EUA).
A nave Gaia é capaz de identificar objetos brilhantes à distância e começou a examinar os movimentos de um planeta ao redor de sua estrela mãe.
Essa investigação valeu a pena. Segundo o co-autor da pesquisa, Shay Zucker, diretor da Escola de Ciências do Meio Ambiente e da Terra, da Universidade de Tel Aviv: “a descoberta dos dois novos planetas foi feita na sequência de buscas precisas, usando métodos de inteligência artificial”,
O diretor ainda acrescentou que há outros candidatos a considerar. “Publicamos também mais 40 candidatos que detectamos com a Gaia. A comunidade astronômica terá de tentar corroborar a natureza planetária desses outros candidatos, tal como fizemos para os dois primeiros”.
Quem são os dois planetas?
Nomeados como Gaia-1b e Gaia-2b, os dois planetas semelhantes à Júpiter são chamados de “Júpiteres quentes”, pois ambos estão extremamente perto de suas estrelas anfitriãs. Segundo os investigadores, eles levam apenas 4 dias para dar a volta em torno de seu companheiro estelar. Mércurio, por exemplo, o planeta mais próximo do Sol, leva cerca de 88 dias para dar uma volta completa em torno do astro.
Gaia-1b e Gaia1-b já apareceram em dados de inquéritos mais antigos, o que facilitou a confirmação das informações fornecidas pela nave espacial.
Embora não haja registro de vida tal como conhecemos nos mundos, os investigadores sugeriram que a espaçonave Gaia, trabalhando ao lado de outros observatórios, será capaz de fornecer mais informações sobre mundos distantes, o que foi descoberto até agora é apenas o início. O estudo foi publicado na Astronomy & Astrophysics.