A Comissão Europeia, por sua vez, afirmou que empresas de tecnologia têm de “detectar, reportar, bloquear e remover” conteúdo de abuso infantil de suas plataformas.
“O que está sendo proposto é que nós – seja diretamente ou indiretamente, via softwares – leiamos as mensagens de todos”, defende-se Cathcart. “Não acho que as pessoas queiram isso.”
O Reino Unido e a União Europeia planejam ecoar os esforços da Apple, anunciados no ano passado, de escanear fotografias pessoais em iPhones atrás de conteúdo abusivo, antes que ele pudesse ser colocado no iCloud.
Alan Woodward, professor da Universidade de Surrey (Reino Unido), disse à BBC News que esse tipo de escaneamento pode ser usado de forma equivocada.
“Claro que se você disser ‘acha que devemos proteger as crianças?’, todo o mundo vai responder ‘sim’. Mas e se você disser ‘vou colocar algo no seu telefone que vai escanear todas as suas imagens e compará-las a uma base de dados’. Daí você começa a ver as implicações disso.”
‘Apenas uma parte dos abusadores é detectada’
Cathcart alega que o WhatsApp já consegue detectar centenas de milhares de imagens de abuso infantil online.
“Reportamos mais (conteúdo danoso) do que qualquer outro serviço de internet no mundo”, ele diz.
Mas essa alegação é colocada em xeque pela sociedade de proteção às crianças.
“A realidade é que, atualmente, sob o manto da criptografia, eles (WhatsApp) identificam apenas uma fração dos níveis de abuso que as empresas-irmãs Facebook e Instagram conseguem detectar”, argumenta Andy Burrows, chefe de políticas de proteção online da NSPCC.
Burrows afirma que o aplicativo de mensagens diretas virou a “linha de frente” de abuso sexual infantil online.
“Dois terços do (conteúdo de) abuso infantil atualmente identificado e removido são vistos e removidos de mensagens privadas”, diz Burrows à BBC News.
Alan Woodward, professor da Universidade de Surrey (Reino Unido), disse à BBC News que esse tipo de escaneamento pode ser usado de forma equivocada.
“Claro que se você disser ‘acha que devemos proteger as crianças?’, todo o mundo vai responder ‘sim’. Mas e se você disser ‘vou colocar algo no seu telefone que vai escanear todas as suas imagens e compará-las a uma base de dados’. Daí você começa a ver as implicações disso.”
‘Apenas uma parte dos abusadores é detectada’
Cathcart alega que o WhatsApp já consegue detectar centenas de milhares de imagens de abuso infantil online.
“Reportamos mais (conteúdo danoso) do que qualquer outro serviço de internet no mundo”, ele diz.
Mas essa alegação é colocada em xeque pela sociedade de proteção às crianças.
“A realidade é que, atualmente, sob o manto da criptografia, eles (WhatsApp) identificam apenas uma fração dos níveis de abuso que as empresas-irmãs Facebook e Instagram conseguem detectar”, argumenta Andy Burrows, chefe de políticas de proteção online da NSPCC.
Burrows afirma que o aplicativo de mensagens diretas virou a “linha de frente” de abuso sexual infantil online.
“Dois terços do (conteúdo de) abuso infantil atualmente identificado e removido são vistos e removidos de mensagens privadas”, diz Burrows à BBC News.
No entanto, a Apple recuou depois que grupos de defesa da privacidade alegaram que a empresa estava criando um precedente perigoso e que o sistema poderia ser aproveitado por Estados autoritários para vigiar e agir contra seus cidadãos.
Ella Jakubowska, conselheira do grupo Direitos Digitais Europeus, afirmou que usar o “‘client-side scanning’ quase equivale a espionar o telefone de todas as pessoas”.
“Isso cria um acesso ilegal para agentes maliciosos conseguirem ver as tuas mensagens”, ela declarou.
Monica Horten, gerente de políticas da organização Open Rights Group, concordou. “Se a Apple não consegue acertar nisso, como os governos conseguirão? ‘Client-side scanning’ é uma forma de vigilância em massa. É uma interferência profunda na privacidade.”
Alan Woodward, professor da Universidade de Surrey (Reino Unido), disse à BBC News que esse tipo de escaneamento pode ser usado de forma equivocada.
“Claro que se você disser ‘acha que devemos proteger as crianças?’, todo o mundo vai responder ‘sim’. Mas e se você disser ‘vou colocar algo no seu telefone que vai escanear todas as suas imagens e compará-las a uma base de dados’. Daí você começa a ver as implicações disso.”
‘Apenas uma parte dos abusadores é detectada’
Cathcart alega que o WhatsApp já consegue detectar centenas de milhares de imagens de abuso infantil online.
“Reportamos mais (conteúdo danoso) do que qualquer outro serviço de internet no mundo”, ele diz.
Mas essa alegação é colocada em xeque pela sociedade de proteção às crianças.
“A realidade é que, atualmente, sob o manto da criptografia, eles (WhatsApp) identificam apenas uma fração dos níveis de abuso que as empresas-irmãs Facebook e Instagram conseguem detectar”, argumenta Andy Burrows, chefe de políticas de proteção online da NSPCC.
Burrows afirma que o aplicativo de mensagens diretas virou a “linha de frente” de abuso sexual infantil online.
“Dois terços do (conteúdo de) abuso infantil atualmente identificado e removido são vistos e removidos de mensagens privadas”, diz Burrows à BBC News.
“Fica cada vez mais claro que não é preciso opor a proteção infantil à privacidade dos adultos. Queremos uma discussão sobre como fazer um acordo equilibrado.”