Empreendimento responsável pelo surgimento de Porto Velho, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) completa 110 anos neste dia 1º de agosto. Como forma de valorização do patrimônio histórico, o complexo passou por uma enorme revitalização.
Os trabalhos só foram possíveis graças às tratativas da Prefeitura junto a vários órgãos, instituições e empresas. Para isso, o prefeito Hildon Chaves e equipe trouxeram a EFMM para a responsabilidade do município e buscaram os meios necessários para a total revitalização do complexo, dando ao patrimônio histórico o valor e o destaque que merece.
“É um orgulho poder ver esse complexo recebendo a atenção que merece, mantendo viva sua história, preservando seu legado e dando a oportunidade às próximas gerações para que usufruam deste espaço que deu origem a nossa querida cidade e que hoje abriga mais de meio milhão de habitantes”, destacou o prefeito Hildon Chaves.
OBRA
O titular da Secretaria Municipal de Obras (Semob), Diego Lage, explica que a reforma do complexo iniciou pelo enrocamento, que é a construção de um muro de pedras que protege a margem do rio, evitando o desbarrancamento.
“Posterior a isso, foi feita toda revitalização do piso com bloquetes intertravados, o estacionamento e a reforma de todos os galpões que serão contemplados com restaurante, museu e lojas para vendas de artesanatos. É uma nova estrada de ferro”, afirmou.
Além disso, foi construído um novo deck em madeira na orla onde está situado o complexo, além do asfaltamento da entrada principal. O espaço ainda ganhou novos bancos, paisagismo e iluminação de led.
MUSEU
Responsável por acompanhar toda execução do projeto de revitalização, o diretor do Patrimônio Histórico, da Fundação Cultural de Porto Velho (Funcultural), Altair dos Santos, também se encanta com o resultado dos trabalhos.
“Um dos itens muito aguardado pelos historiadores e pela população de Porto Velho é a inauguração do museu que vai retratar tudo aquilo que foi a ferrovia, desde o começo até o seu ponto final, quando cessou o tráfego dos 366 quilômetros entre Porto Velho e Guajará-Mirim. Uma linha de comunicação moderna entre a pessoa e o espaço do museu vai possibilitar entender mais a nossa história”, ressaltou Altair dos Santos.
POTENCIAL
Já para a titular da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo (Semdestur), Glayce Bezerra, a EFMM tem um dos maiores potenciais turísticos de Rondônia, por contar parte importante da história de pessoas de outras nacionalidades que trabalharam em sua construção.
“Ela tem total importância e relevância para o turismo da nossa capital, ainda mais agora, fazendo 110 anos”, destacou. A secretária acrescenta que a EFMM é um bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e é considerada um patrimônio cultural brasileiro pelo Ministério da Cultura.
“Receber o turista que vem de tantos lugares do nosso Brasil, mostrar um pouco da nossa história, falar do sentimento de pertencimento, do orgulho que temos da Madeira-Mamoré, desfrutar da nossa gastronomia, do artesanato, ver esse pôr do sol maravilhoso, nossas expectativas para o local são as melhores”, completou.