Pivô de uma das maiores crises recentes entre os Estados Unidos e a China, a viagem da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan terminou na manhã desta quarta-feira (3).
O avião da comitiva de Nancy Pelosi – que não divulgou previamente a visita até a aeronave pousar no aeroporto de Taipei – deixou a ilha nesta manhã, após menos uma visita de menos de 24 horas mas que acirrou as tensões entre Pequim e Washington.
O governo chinês já havia se manifestado contra a visita à Taiwan, que considera parte de seu território, e prometeu fortes retaliações. Nesta quarta-feira, Pequim anunciou sanções à ilha, como a suspensão de importações de itens como frutas e produtos de pesca da ilha autônoma, além de paralisar as exportações de areia natural para Taiwan.
Também nesta quarta-feira, o governo de Taiwan afirmou que a China faz um bloqueio aeronaval não-oficial ao planejar exercícios militares em torno da ilha como resposta à visita de Pelosi a Taipei.
Após a chegada da presidente da Câmara norte-americana – a segunda na linha de sucessão de Biden após a vice, Kamala Harris -, a China emitiu um comunicado chamando a visita de uma provocação e anunciou sanções em retaliação.
Ao pousar no aeroporto de Taipei, na terça-feira (2), Pelosi argumentou que a visita “honra o compromisso independente dos EUA em apoiar a democracia vibrante de Taiwan”.
Kremlin
O governo da Rússia também se posicionou sobre a visita nesta quarta-feira (3). O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o aumento das tensões provocado pela visita de Nancy Pelosi “não deveria ser subestimado”.