A Prefeitura de Porto Velho iniciou na última semana a vacinação de bebês de 6 meses a menores de 3 anos com comorbidade contra a covid-19. Devido à quantidade restrita, o imunizante Pfizer Baby foi disponibilizado estrategicamente em oito Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas apesar da disponibilidade dos imunizantes, a procura pela vacina segue baixa na capital.
Gleiciane Barros Ferreira da Silva, 35 anos, é mãe do pequeno Aruã Bispo, de um ano e três meses de vida. Ela fala da importância de levar o filho para ser imunizado, principalmente agora em que novos casos começam a surgir no Brasil.
“Eu vejo como uma forma de amor, uma proteção. Tantos casos novos de covid-19 surgindo, números de óbitos. Então, a preocupação agora é com a saúde deles, para que não peguem essa doença e nem espalhem para outras crianças. Eu recomendo que outras mães façam o mesmo”, disse a mãe do pequeno Aruã.
Para a enfermeira Sílvia Carvalho, do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, a vacina é o único meio mais eficaz que pode diminuir a força de impacto do vírus em circulação.
“A gente sabe que quanto mais pessoas estão vacinadas, menor é a potencialização do vírus circulando e é por isso que é muito importante que os pais venham e tragam seus filhos. Em crianças com comorbidade, o risco de complicações é bem maior se ela contrair o vírus, podendo haver sequelas permanentes e até vir a óbito”, explicou Sílvia Carvalho.
Apesar de algumas mães, como a Gleiciane Barros, terem consciência da importância da vacinação, a Divisão de Imunização, do Departamento de Atenção Básica (DAB), da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), tem registrado baixa procura por vacinas nos postos de saúde. Cada ampola da Pfizer Baby contém dez doses que, depois de aberta, tem validade de apenas 12 horas. Por conta disso, a xepa pode ser utilizada em bebês sem comorbidades cadastrados pelos agentes comunitários de saúde em sua área de cobertura.