A economia brasileira gerou 83,3 mil empregos com carteira assinada em janeiro deste ano, informou nesta quinta-feira (9) o Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado representa piora em relação a janeiro do ano passado, quando foram criados 167,3 mil empregos formais. A queda, nesta comparação, foi de 50,2%.
Deste modo, a criação de empregos com carteira assinada foi quase a metade da que foi registrada no mesmo mês de 2022.
Ao todo, segundo o governo federal, em janeiro deste ano foram registradas:
- 1,87 milhão de contratações;
- 1,79 milhão de demissões.
Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, os juros elevados, determinados pelo Banco Central para controlar a inflação, além da alta no endividamento da população e do custo da cesta básica, dificultaram a geração de empregos formais em janeiro deste ano.
“Em janeiro, apesar de todos esses ‘senões’, temos um saldo positivo nos empregos formais”, declarou.
Ele lembrou que o Ministério da Fazenda tem trabalhado em um plano para reduzir o endividamento da população, chamado de Desenrola, cujo anúncio é aguardado para as próximas semanas.
Anos anteriores
Em janeiro de 2020 e de 2021, respectivamente, foram abertas 112 mil vagas e 254,2 mil empregos formais.
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia.
Deste modo, esse foi o pior resultado para meses de janeiro do “novo Caged”, que considera as alterações metodológicas.
- Ao final de janeiro de 2023, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 42,52 milhões de empregos com carteira assinada.
- O resultado representa aumento na comparação com dezembro do ano passado (42,44 milhões) e com janeiro de 2022 (40,57 milhões).
Setores
Os números do Caged de janeiro de 2023 mostram que foram criados empregos formais em quatro dos cinco setores da economia.