O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes dos principais partidos da Casa rejeitam articular ou patrocinar uma operação para salvar o mandato de Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve o registro cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A cassação foi decidida na terça-feira (16). De forma unânime, os ministros da Corte entenderam Deltan deixou o Ministério Público Federal para evitar punição em investigações preliminares das quais era alvo. A Lei da Ficha Limpa impede candidaturas de pessoas que utilizem esse expediente.
Após a decisão, aliados de Dallagnol contavam com uma reversão na Câmara, mas Arthur Lira (PP-AL) indicou que isso não vai acontecer.
Tanto que, na quarta-feira (17), ao responder a uma questão de ordem do deputado Maurício Marcon (Podemos-RS), disse que a mesa diretora da Câmara iria seguir o que determinam as normas da Casa em situações como essa.
A corregedoria encaminhou a notificação a Dallagnol nesta quinta (18). O deputado tem cinco dias para apresentar sua defesa.
O despacho de perda do mandato cabe à mesa diretora, composta Marcos Pereira (Republicanos-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Luciano Bivar (UNIÃO-PE), Maria do Rosário (PT-RS), Júlio Cesar (PSD-PI) e Lucio Mosquini (MDB-RO), além de Lira.
Veja, no vídeo abaixo, quem deve substituir Deltan na Câmara dos Deputados.
Não há disposição da Câmara de encarar um embate ou enfrentamento com Judiciário por conta de Deltan.