A safra de café 2023 em Rondônia já está chegando ao final de colheita, e mantêm-se a expectativa de superar os três milhões de sacas, conforme indica o último levantamento feito pela Conab, no mês de maio deste ano. Para uma boa venda do café é relevante que o produtor obtenha o selo de indicação geográfica (IG) Matas de Rondônia, marca de qualidade que pode abrir as portas do mercado internacional para os cafés robustas amazônicos produzidos em Rondônia.
Os produtores rondonienses de café se concentram especialmente nas microrregiões conhecidas como Zona da Mata, território Rio Machado, e três municípios da BR 429 totalizando 15 municípios produtores especiais de café na área de abrangência da identificação geográfica do café Matas de Rondônia. “A cadeia produtiva do café é muito importante para Rondônia, e vamos avançar com investimento em boas práticas, genética e tecnologia”, destacou o governador Marcos Rocha.
O selo de indicação geográfica é um ativo de propriedade industrial que indica a origem de um produto, que passa a ser identificado pela região de origem e pelo reconhecimento de características próprias e especiais do produto, garantidas por instituições idôneas, de que aquele produto atende os requisitos de boas práticas em toda a sua cadeia produtiva, respeitando a legislação vigente no país, relativa ao trabalho, meio ambiente e à saúde pública, conforme determina o currículo de sustentabilidade da plataforma global do café, que facilita uma maior aceitação e melhores preços para o produto.
Recentemente a Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO) com apoio de parceiros da plataforma global capacitou 80 técnicos para orientar produtores de café a adotar o currículo da sustentabilidade, que indica ao produtor práticas recomendadas, prioritárias e proibidas na atividade de produção do café.
Para acessar o selo de indicação geográfica Matas de Rondônia o produtor só “precisa seguir as recomendações técnicas, não fazer nenhuma prática proibida e se cadastrar com um extensionistas da Emater-RO no aplicativo, currículo da sustentabilidade do café (CSCApp)”,diz o engenheiro agrônomo Fausto Lima Farias de Sousa, responsável pelo programa de IG na Emater-RO.
Texto: Enoque de Oliveira
fotos: Irene Mendes e Robson Paiva