Abigail Disney tem 63 anos, cresceu em Los Angeles, nos EUA, estudou na Universidade de Yale e carrega um sobrenome que dispensa comentários. Na árvore genealógica da família, ela é sobrinha-neta de Walt Disney, um dos maiores produtores cinematográficos do mundo e criador do Mickey Mouse. Seu avô, Roy Disney, é irmão de Walt e um dos cofundadores do conglomerado de entretenimento.
Uma das herdeiras do império Disney, Abigail é também ativista. Na última sexta-feira (16), ela foi presa em Nova York em um protesto contra jatos particulares. Ela e outros ativistas bloquearam o aeroporto regional de East Hampton em Wainscott, Nova York, para protestar contra as “férias exclusivas de ricos investidores em combustíveis fósseis e poluidores que impulsionam a crise climática”, segundo o comunicado do grupo.
Também em comunicado, Abigail disse que “como uma pessoa que teve o privilégio de usar jatos particulares, sei que é difícil abrir mão de um luxo especial.”
Para além do ativismo climático, Abigail também tem como bandeira a taxação sobre riqueza. Em janeiro deste ano, ela se juntou a mais de 200 milionários que pediram, em uma carta aberta no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que eles sejam mais tributados “para o bem comum”.
Em entrevista à BBC, Abigail disse que já sentiu vergonha do sobrenome e que ficou “aborrecida” ao descobrir, aos 21 anos, que havia herdado US$ 10 milhões.
“Eu fiquei tão aborrecida, tão aborrecida. Eu diria até traumatizada com o número”, disse ela à jornalista Emily Webb no programa de rádio Outlook, em 2020.
