“O desempenho impressionante do Moxie mostra que é viável extrair oxigênio da atmosfera de Marte — oxigênio que poderia ajudar a fornecer ar respirável ou propelente de foguete para futuros astronautas”, disse Pam Melroy, administradora adjunta da Nasa.
“O desenvolvimento de tecnologias que nos permitam utilizar os recursos da Lua e de Marte é fundamental para construir uma presença lunar de longo prazo, criar uma economia lunar robusta e permitir-nos apoiar uma campanha inicial de exploração humana em Marte”, completou.
O oxigênio molecular é produzido pelo instrumento a partir de um processo eletroquímico que separa um átomo de oxigênio de cada molécula de dióxido de carbono bombeado da atmosfera marciana.
O dióxido de carbono (CO2) é formado por um átomo carbono e dois átomos de oxigênio. Assim, após a separação provocada pelo Moxie, há a liberação de monóxido de carbono (CO) como produto residual.
Já as moléculas de oxigênio, à medida que fluem pelo sistema, são analisadas para verificar a pureza e a quantidade gerada.
Em sua melhor execução, o Moxie produziu 12 gramas de oxigênio por hora — o dobro das metas originais — com 98% de pureza ou melhor. No último teste, o dispositivo produziu 9,8 gramas de oxigênio.
Segundo comunicado divulgado pela Nasa, o equipamento foi operado em diferentes condições ao longo do período em que permaneceu em Marte. Ainda de acordo com a agência, o Moxie cumpriu com sucesso todos os requisitos técnicos.
“Ao provar esta tecnologia em condições do mundo real, estamos um passo mais perto de um futuro em que os astronautas ‘vivam da terra’ no planeta vermelho”, disse Trudy Kortes, diretora de demonstrações de tecnologia da Diretoria de Missões de Tecnologia Espacial (STMD) na sede da Nasa.