O presidente brasileiro, segundo fontes próximas, estaria “menos cético” que o Itamaraty sobre a possibilidade de uma guerra na região e lamentou que Maduro tenha “explodido” o esforço brasileiro para normalizar as eleições do ano que vem na Venezuela e assim tirar o país do isolamento.
Se o presidente da Venezuela avançar com seus planos bélicos na região da Guiana, o Brasil vai responder de forma dura.
O país, no entanto, ainda aposta na via da negociação. Na terça-feira, o chanceler Mauro Vieira conversou com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, e na quarta-feira, Yvan Gil.
Hoje o Brasil conquistou o apoio do México. A secretaria de relações exteriores do México, Alicia Barcena, afirmou que seu país estava se “somando” à iniciativa de Lula para que a Celac “fomente o diálogo” entre os dois países “a fim de encontrar uma solução pacífica”.
Os recados diplomáticos brasileiros, no entanto, são todos de reprimenda à Venezuela. Na declaração de ontem do Mercosul, o bloco criticou “atitudes unilaterais”, que, na visão do Brasil, até agora, foram tomadas apenas pela Venezuela.
O trecho do documento em que ambos os países são “estimulados ao diálogo” não deve ser visto como crítica ao Guiana, explicam diplomatas. Para o Brasil, os guianeses apenas buscaram apoio internacional ao recorrer aos Estados Unidos, embora o país veja com muita preocupação a presença militar americana na região.