Um recente relatório do BTG Pactual destacou que o país sul-americano emergiu como líder nas exportações de diversos produtos agrícolas essenciais, consolidando o Brasil como “celeiro do mundo”, alimentando cerca de 11% da população mundial; veja o ranking O Brasil, com seus vastos territórios e climas diversificados, tem desempenhado um papel cada vez mais proeminente no cenário global como um dos principais produtores e exportadores de alimentos.
Um recente relatório do BTG Pactual, divulgado nesta segunda-feira, 04, destacou que o país sul-americano emergiu como líder nas exportações de diversos produtos agrícolas essenciais, consolidando o Brasil como “celeiro do mundo“. Com pouco mais de 200 milhões de habitantes, país hoje produz alimentos suficientes para necessidades calóricas de aproximadamente 900 milhões de pessoas, equivalendo a 11% da população global Segundo os dados apresentados pelo banco, o Brasil domina as exportações globais de sete alimentos-chave. Além disso, ocupa a segunda posição em vendas de etanol e algodão. Esses números impressionantes refletem a capacidade do país de atender à crescente demanda global por alimentos.
Um dos pontos destacados na projeção é o notável crescimento da produção agrícola brasileira ao longo dos anos. Desde 1977, a produção de grãos aumentou de forma espetacular, passando de 47 milhões de toneladas para impressionantes 312 milhões de toneladas. Esse crescimento exponencial evidencia o que o relatório chama de “milagre da agricultura tropical brasileira“. Outro aspecto crucial é a eficiência e a sustentabilidade do setor agrícola brasileiro.
Apesar de ocupar apenas 8% do território nacional para cultivos, o Brasil é capaz de produzir alimentos suficientes para as necessidades calóricas de aproximadamente 900 milhões de pessoas, o que equivale a 11% da população global. Esse alto rendimento é resultado de avanços significativos em tecnologia e práticas agrícolas, aliados a condições climáticas favoráveis.
É importante ressaltar também a evolução do financiamento ao agronegócio brasileiro. O relatório destaca que, ao longo do tempo, houve uma transição do financiamento baseado em subsídios governamentais para uma abordagem mais orientada pelo mercado. Atualmente, 67% dos recursos para financiamento agrícola provêm do setor privado, demonstrando a confiança dos investidores no potencial lucrativo do setor.
Apesar dos sucessos, o estudo também identifica desafios a serem enfrentados pelo setor agrícola brasileiro. A degradação das pastagens, por exemplo, é uma preocupação, com cerca de 40% dos hectares utilizados para a criação de gado classificados como moderadamente ou severamente degradados. No entanto, esse desafio apresenta uma oportunidade para a conversão dessas áreas em terras agricultáveis, aumentando ainda mais a produção agrícola do país.
Brasil, recorde nas exportações
Em 2023, as exportações brasileiras do agronegócio atingiram um recorde impressionante de US$ 166,55 bilhões, representando 49% da pauta exportadora total do país. Esse desempenho excepcional foi impulsionado principalmente pelo aumento na quantidade embarcada e pela abertura de novos mercados. O saldo da balança comercial do setor atingiu quase US$ 99 bilhões, um aumento de 62% em relação ao ano anterior.
Olhando para o futuro, o Brasil está firmemente posicionado como uma potência global no agro. Com programas ambiciosos para aumentar a produção de forma sustentável e converter pastagens degradadas em terras agricultáveis, o país busca não apenas expandir sua contribuição para a segurança alimentar mundial, mas também promover o desenvolvimento econômico e social em suas regiões interiores.
Assim, o Brasil emerge não apenas como um líder nas exportações de alimentos, mas também como um exemplo de resiliência e sustentabilidade no setor agrícola global, desempenhando um papel crucial no fornecimento alimentar para o mundo e no impulsionamento do crescimento econômico nacional.
