Governo propõe a técnicos da educação reajuste de 9% em 2025

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O governo federal propôs aos servidores técnico-administrativos em educação um reajuste de 9% em 2025 e de 3,5% em 2026. A proposta foi apresentada na manhã desta sexta-feira (19/4), no âmbito da Mesa Setorial da Educação.

Para o ano que vem, o reajuste foi prometido a partir de janeiro. Já para 2026, o aumento deverá ser aplicado a partir de maio.

Os sindicatos deverão, agora, consultar as bases sobre os termos apresentados. Como a proposta de reajuste é válida apenas para os anos de 2025 e 2026, ainda não foi estipulado prazo para resposta dos técnicos.

“A gente entende que essa proposta é um descaso com a educação, com a nossa mobilização, com as nossas manifestações. O movimento está crescendo e o governo não fez nenhum apontamento para a gente”, disse Pedro Henrique Almeida Tavares, do Sindicato dos Técnico-Administrativos da Universidade Federal do Tocantins (Sintad-TO). “A tendência agora é que o movimento continue”, afirmou.

Para 2024, não está previsto reajuste salarial, por falta de espaço orçamentário, mas o governo ainda negocia com o conjunto dos servidores do Executivo federal uma proposta de reajuste nos valores dos benefícios (auxílio-alimentação, per capita da saúde complementar e assistência pré-escolar).

Secretários dos ministérios da Educação (MEC) e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) se reuniram com representantes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), para apresentar a proposta.

Números de servidores da educação

São 220 mil servidores técnico-administrativos em educação, entre ativos e inativos. Enquanto o governo se reúne com os servidores, sindicatos e associações fazem manifestação em frente ao prédio onde a reunião acontece, na Esplanada dos Ministérios.

“A gente fez um esforço muito grande, ao dobrar essa proposta, junto à equipe econômica. Com a sinalização que a gente tem hoje, do ponto de vista responsável, até onde a gente pode ir é isso”, explicou o secretário-executivo adjunto do MEC, Gregório Griso, a jornalistas após a reunião com os técnicos.

Ele ainda frisou que o reajuste nos benefícios, ainda não consignado, tem impacto da ordem de R$ 3 bilhões no Orçamento deste ano. “É um impacto importante, está no nosso horizonte”, salientou Griso.

O secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Jr., disse que também foram atendidos cerca de nove pontos da demanda de reestruturação das carreiras, como redução do tempo para o servidor chegar ao topo da carreira (de 22,5 anos para 18 anos).

À tarde, os secretários dos dois ministérios voltam a se reunir, desta vez com os professores de universidades e instituições de ensino superior, para apresentar a proposta daquela categoria. Ainda não foram divulgados os termos dessa proposta.