O período de julho a novembro na região amazônica é marcado pela escassez de chuvas e pelo calor intenso. Diante disso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) orienta a população a redobrar os cuidados com a saúde. Ingestão de água, alimentação balanceada, atualização da caderneta de vacinação e proteção solar são recomendações fundamentais dos profissionais de saúde.
Idosos, crianças e pessoas com comorbidades são mais suscetíveis a doenças. A médica pneumologista Ana Carolina Terra Cruz, do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), orienta que pacientes em tratamento contínuo devem seguir sua rotina com os medicamentos. Em caso de sintomas adversos, devem procurar atendimento médico.
“Os sintomas mais comuns são quadros alérgicos e infecciosos. Os problemas de saúde são mais frequentes na respiração e na pele, portanto é importante evitar exposição excessiva ao sol, lugares com poeira, mofo e fumaça. Manter-se hidratado continuamente; usar colírios quando necessário; evitar atividades físicas em ambientes poluídos e evitar contato com doenças gripais”, explica a médica.
A especialista destaca ainda que é crucial prestar atenção às condições de sono de crianças e idosos, que possuem vias respiratórias mais sensíveis. Manter o ambiente umidificado é essencial, pois o ar seco pode causar desconforto, tosse, congestão nasal e dificultar a respiração.
ATENDIMENTO
Os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) devem procurar atendimento inicialmente na Unidade Básica de Saúde (UBS) ou, em casos mais graves, no pronto-socorro mais próximo.
Manter a caderneta de vacinação atualizada é fundamental para garantir imunidade contra doenças causadas por vírus ou bactérias. Neste período, ocorre a campanha de vacinação contra a influenza, além das vacinas contra pneumonia para grupos de risco. A população deve procurar o posto de saúde mais próximo para receber as doses de imunização.
Cemetron
O Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) é um hospital especializado no tratamento de doenças infectocontagiosas, especialmente na região amazônica, sendo referência para HIV, tuberculose, doenças fúngicas como paracoccidioidomicose, leishmaniose e picadas de animais peçonhentos.
A unidade hospitalar atende tanto pacientes internados quanto ambulatoriais com sequelas de doenças respiratórias. Os usuários do SUS são atendidos mediante regulação prévia, com encaminhamento por outro profissional e cadastro do pedido médico no sistema.
O secretário de saúde Jefferson Rocha destaca a preparação da rede estadual para casos de alta complexidade: “Estamos preparados com nossa equipe qualificada e ampliando nossas estruturas hospitalares para garantir conforto e segurança aos pacientes”, afirma.