Quando entramos na velhice, segundo a ciência?

Pesquisadores descobriram quando o corpo começa a apresentar sinais de envelhecimento e o relógio biológico começa a acelerar.

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De acordo com uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, há aspectos fundamentais para considerar quando realmente começamos a envelhecer. A análise, que contou com mais de 4.000 pessoas, apresentou uma explicação de como os diferentes sinais do corpo podem revelar sinais não visíveis de envelhecimento.

Por outro lado, a ciência também revela que não há um ponto de inflexão biológico claro que marque a transição da meia-idade para o final da vida. Segundo Eric Verdin, presidente e CEO do Buck Institute for Research on Aging, na Califórnia, há uma incrível variabilidade entre pessoas diferentes.

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Aspectos psicológicos

Sobre o aspecto social de quando começamos a envelhecer, um estudo publicado na revista científica Psychology and Aging mostra que a idade em que alguém é considerado velho está aumentando.

O estudo liderado por Markus Wettstein, pesquisador da Universidade Humboldt em Berlim, na Alemanha revelou que hoje adultos de meia-idade e idosos se sentem muito mais jovens do que pessoas com idade semelhante há 10 ou 20 anos.

Essa tendência se justifica pelo fato de que atualmente as pessoas têm atingido uma longevidade maior. Contudo, Wettstein também atribui a isso, o fato de que as pessoas estejam “em estado de negação”, adiando a fase da velhice.

Relógio cronológico

De acordo com a revista National Geographic, o interesse científico no envelhecimento aumentou no último século, fazendo com que investidores e financiadores governamentais aplicassem bilhões em pesquisas sobre longevidade. E isso, por sua vez, levou a novas percepções sobre o processo de envelhecimento.

Neste cenário, uma pesquisa recente mostrou um aspecto que pode indicar quando começamos a envelhecer. Um grupo de cientistas de Stanford analisou o plasma presente no sangue de 4.263 doadores e descobriram que a proteína é o indicador mais confiável neste caso. Os participantes tinham entre 18 e 95 anos.

Segundo o autor do artigo, Tony Wyss-Coray, professor de neurologia e ciências neurológicas na universidade, as proteínas indicam essa mudança no nosso relógio cronológico. “As proteínas são os burros de carga das células constituintes do corpo e quando seus níveis relativos sofrem alterações substanciais, significa que você também mudou”, afirma o professor.

Análise de proteínas

Os investigadores analisaram mais de 3 mil proteínas de cada indivíduo e identificaram 1.379 que variam de acordo com a idade. O interessante é que a partir de 373 dessas já foi possível prever a idade dos participantes do projeto.

De acordo com o artigo de Tony Wyss-Coray, aos 34 anos o indivíduo começa a apresentar alterações em seu corpo. Dessa forma, a análise das proteínas aconteceu em três fases: a partir dos 34 anos até 60, considerado pela pesquisa como uma idade adulta, dos 60 aos 78 anos uma maturidade tardia e a partir dos 78 anos finalmente como velhice.

Em cada uma dessas fases, os cientistas descobriram que as proteínas começam a reduzir até não ser mais produzida. Além disso, este fator foi relacionado à baixa capacidade de reparo do DNA.