A Argentina colocou um navio de carga em quarentena no Rio Paraná devido a um caso suspeito de mpox a bordo, disse o governo nesta terça-feira (20), enquanto autoridades globais de saúde pública permanecem em alerta para uma nova variante do vírus de disseminação mais rápida.
O navio de bandeira da Libéria partiu de Santos, no Brasil, para pegar carga de soja, de acordo com o Ministério da Saúde argentino e o órgão Liga Naval Argentina.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na semana passada a mpox uma emergência global de saúde pública pela segunda vez em dois anos, pois uma nova variante do vírus se espalhou rapidamente na África.
Um dia depois, um caso da variante do clado 1b foi confirmado na Suécia, o primeiro sinal de sua disseminação fora da África.
O navio, perto do porto de grãos interior da Argentina de Rosário, alertou as autoridades que “um de seus tripulantes de nacionalidade indiana apresentou lesões cutâneas semelhantes a cistos predominantemente no peito e no rosto”, disse o ministério argentino em um comunicado, acrescentando que a pessoa havia sido isolada do resto da tripulação.
Protocolo de emergência ativado
A pasta informou que o protocolo de emergência de saúde pública foi então ativado e o navio, que tinha como destino o porto de San Lorenzo, na província de Santa Fé, teve que ancorar no rio.
Apenas equipe médica poderá embarcar, enquanto toda a tripulação será obrigada a ficar em quarentena aguardando os resultados dos testes, acrescentou o ministério.
A mpox, uma infecção viral que causa lesões cheias de pus e sintomas semelhantes aos da gripe, geralmente é leve, mas pode matar. A cepa do clado 1b causou preocupação, porque parece se espalhar mais facilmente por meio de contato próximo.
Casos da mpox se espalham
Cerca de 13 países relataram casos de mpox causados por outras cepas nas Américas neste ano, de acordo com dados da OMS da semana passada.
A Argentina registrou oito casos anteriormente, embora nenhum tenha sido da cepa do clado 1b.
A NordicBAVA.CO da Baviera, da Dinamarca, deve decidir nesta semana se aumentará a produção de vacinas, enquanto a empresa farmacêutica suíça Roche pontuou que está procurando aumentar sua capacidade de testes laboratoriais.