A Polícia Federal realizou, apenas na última semana, dezenas operações de combate a crimes eleitorais em todas as regiões do País. Entre a segunda-feira (30/9) e a manhã deste domingo (6/10), o portal de notícias do principal órgão de inteligência para prevenção e repressão a crimes classificados como crimes federais, publicou mais de 70 informações de operações de combate a a essa modalidade de crime.
Foram milhões de reais apreendidos em dinheiro vivo, flagrantes de transporte ilegal ou distribuição de favores, como cesta básica, ameaças físicas e disseminação de notícias falsas para comprometer a imagem de adversários.
Durante a semana, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, o titular da pasta da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou categoricamente que crimes eleitorais são classificados como federais devido ao seu impacto nacional no que diz respeito à proteção da democracia.
Ações classificadas como crime eleitoral
• Compra de votos com pagamento em dinheiro vivo
• Compra de votos por troca de favores
• Compra de voto por meio de “doação” de cesta básica
• Coagir eleitores a votar em determinados candidatos sob ameaça de alguma forma de retaliação violenta
• Fornecimento de transporte condicionado a voto em indicado
• Financiamento ilegal de transportes de eleitores
• Fornecimento de combustível para deslocamento ao local de votação
• Bloqueio de deslocamentos de eleitores a locais de votação
• Propagação de fake news com objetivo de prejudicar adversários
• Pedido de voto em troca de manutenção de emprego (assédio eleitoral)
• Esparramar “santinhos” (papeis com nomes e números de determinados candidatos) nas proximidades de seções eleitorais
• Abuso de poder político e econômico por parte de autoridades locais
• Porte de armas por pessoas próximas a seções eleitorais
A PF teria apreendido mais de R$ 21 milhões em dinheiro vivo ao longo da campanha eleitoral. A maioria das apreensões teria ocorrido às vésperas das eleições municipais. A informação, segundo o site Metrópoles, vem do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.