Diplomatas brasileiros envolvidos nas negociações na Cúpula dos Brics relataram que o Brasil usa o argumento de que é necessário haver consenso entre os países do grupo para barrar novos integrantes.
A “regra do consenso” está sendo usada nos bastidores especialmente como justificativa para impedir a entrada da Venezuela.
“Não creio que haja veto à Venezuela no sentido formal, mas as decisões são normalmente por consenso”, disse à CNN o assessor internacional da Presidência da República, Celso Amorim.
Na segunda-feira (21), ele já havia dito à CNN ser contrário à entrada do país no grupo.
O país vizinho, porém, tem apoio de China, Rússia e Irã.
O problema para o Brasil é que a “regra de consenso” não existe formalmente. As entradas acabam ocorrendo a partir de um processo muito mais político do que jurídico.
Isso significa que, a despeito de o Brasil ou qualquer outro país colocar objeções à entrada de um novo país, isso vai sendo arbitrado dentro de uma negociação política.
Originalmente, os Brics são formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Recentemente, houve a ampliação e entrada de Irã, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Egito.