A dupla refrigerante e cerveja é comum nas festas, mas ambas possuem alto teor calórico e podem trazer problemas à saúde. Quando o critério é a quantidade de açúcar, a cerveja se destaca, com cerca de 4 gramas de açúcar por 100 ml, enquanto o refrigerante contém em média 10 gramas por 100 ml. Apesar de a cerveja conter açúcar, ele é residual, pois grande parte dos açúcares é transformada em álcool e gás carbônico durante a fermentação.

No entanto, o álcool presente na cerveja aumenta o risco de doenças cardiovasculares e câncer, e a OMS não recomenda qualquer consumo seguro de álcool. Comparando os dois, considerando um consumo moderado, o refrigerante tende a ser mais prejudicial à saúde, já que uma lata de 350 ml pode conter até 37 gramas de açúcar, enquanto a recomendação diária é de no máximo 25 gramas.

A cerveja é feita pela fermentação de cereais como cevada e trigo, usando leveduras. Embora as calorias da cerveja e do refrigerante sejam semelhantes, a absorção da cerveja é mais lenta devido aos cereais, que também fornecem antioxidantes benéficos à saúde. Cada grama de álcool na cerveja tem 7 calorias, e os carboidratos, 4 calorias por grama. Assim, uma lata de cerveja tem calorias semelhantes a um pão francês (150 calorias).

A cerveja tem um índice glicêmico alto, liberando glicose rapidamente na corrente sanguínea, embora menos que o refrigerante. Ela geralmente não contém açúcar adicionado e algumas marcas não têm conservantes, ao contrário dos refrigerantes. O consumo recomendado varia conforme fatores como peso e saúde, mas deve ser moderado — uma lata por dia para mulheres e duas para homens.

O refrigerante é uma bebida com muitas calorias e sem nutrientes, sendo considerado uma “caloria vazia”. Seu alto teor de açúcar, como sacarose e xarope de milho, causa picos de glicose no sangue, o que pode levar ao diabetes tipo 2. Uma latinha contém cerca de 150 calorias.

A doçura pode aumentar a ingestão de alimentos e, após o pico de glicose, gera uma queda rápida, causando fome novamente. Mesmo os refrigerantes “zero açúcar”, que contêm adoçantes, não resolvem o problema, pois também afetam a saciedade e estimulam o desejo por doces. Além disso, sua acidez prejudica a saúde intestinal. A recomendação é reduzir ao máximo o consumo.

Especialistas recomendam evitar tanto refrigerante quanto cerveja sempre que possível, optando por moderação em uma alimentação equilibrada. Em festas, é importante se permitir momentos de diversão, mas com estratégias para reduzir danos, como usar copos menores, beber água e não beber de barriga vazia.

Comer alimentos ricos em fibras e proteínas ajuda a controlar os picos de insulina. Porém, é preciso cuidado com petiscos gordurosos, que podem sobrecarregar o fígado, responsável por processar tanto o álcool quanto o excesso de açúcar.