As infecções urinárias (ITUs) são conhecidas por causar dor intensa e uma série de complicações, podendo evoluir para problemas renais graves se não tratadas adequadamente.

Embora mais comuns em mulheres, essas infecções também podem afetar homens e crianças. No entanto, um novo estudo traz à tona o potencial do cranberry como uma solução natural para reduzir o risco de ITUs.

Estudos confirmam eficácia do cranberry

Em uma análise abrangente de 50 ensaios clínicos anteriores, que envolveram 8.857 participantes, os pesquisadores descobriram que o consumo de cranberry, seja em forma de suco ou cápsulas, resultou em uma redução significativa das infecções urinárias.

O risco foi diminuído em mais de um quarto nas mulheres com casos recorrentes de ITUs, em mais de metade nas crianças e em pouco mais de metade nas pessoas suscetíveis após intervenções médicas.

A maioria dos estudos comparou produtos de cranberry com placebo ou nenhum tratamento, confirmando a eficácia da fruta em reduzir as ITUs. Apesar disso, poucas pesquisas compararam diretamente o cranberry com antibióticos ou probióticos, tratamentos que podem ser igualmente eficazes.

Limitações e considerações

Embora os benefícios do cranberry sejam promissores, eles não se aplicam a todos. Por exemplo, não foram observadas vantagens significativas para adultos mais velhos, mulheres grávidas ou pessoas com dificuldades de esvaziamento da bexiga.

Além disso, a dosagem ideal dos compostos ativos presentes no cranberry, as proantocianidinas (PACs), ainda não está claramente estabelecida, embora um estudo de 2021 tenha sugerido 36 miligramas diários.

Os sintomas de infecção urinária incluem dor ao urinar, aumento da frequência urinária, e dor abdominal, entre outros. É fundamental buscar assistência médica ao suspeitar de uma ITU, pois o tratamento com antibióticos é geralmente necessário para evitar complicações mais graves, como infecções nos rins.

O cranberry emerge como uma opção promissora na prevenção de infecções urinárias, especialmente para grupos específicos. No entanto, é essencial considerar as limitações e consultar um profissional de saúde para um tratamento adequado.