Para dezembro de 2024, espera-se mais chuva do que o registrado no mesmo mês em 2023, quando choveu abaixo do normal em quase todo o Brasil. Algumas frentes frias também são esperadas. E as temperaturas devem ficar mais próximas da normalidade, sem calor extremo. É o que estima a Climatempo.
A previsão é que o volume de chuva fique “um pouco acima da média normal para o mês” em grande parte do país. A Climatempo também prevê que a temperatura “fique um pouco acima da média em praticamente todo o país“.
Chuva acima da média, temperaturas não-tão-altas: como fica o tempo em dezembro de 2024
O volume de chuva deve ficar um pouco acima da média “em praticamente todas as áreas do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil, nas porções oeste e norte do Paraná e no oeste do Amazonas“, segundo a Climatempo.
Antes de conferir a previsão do tempo, é bom saber:
- Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS): É como um rio de nuvens que vai do sul da Amazônia até o Oceano Atlântico, passando pelo Centro-Oeste e Sudeste. Quando ele passa por essas regiões, traz chuvas fortes, especialmente no verão. É como se fosse a “chuva de verão” dessas regiões;
- Zona de Convergência Intertropical (ZCIT): É um rio de nuvens que fica na região equatorial (ou seja, perto da linha do Equador). Ele traz muita chuva para o Norte e Nordeste do Brasil durante todo o ano, mas fica mais forte no verão. Também é como se fosse a “chuva de verão” dessas regiões.
- Verão 2024/2025: começa às 6h21 de 21 de dezembro de 2024 e acaba às 6h02 de 20 de março de 2025.
Leia abaixo os destaques, por região, da previsão do tempo para o verão 2024/2025, com foco em dezembro de 2024:
SUL
- Risco para ondas de calor (principalmente no oeste dos estados) ao longo do verão;
- Frentes frias atuam de forma mais rápida;
- Temperaturas mais elevadas e picos de calor em Porto Alegre (RS);
- Leste de Santa Catarina e Paraná tendem a apresentar temperaturas mais próximas da média, com calor moderado
- Entre dezembro e janeiro, chuvas ocorrem de forma irregular e ficam mal distribuídas;
- Em fevereiro, o comportamento das chuvas segue irregular e volume fica abaixo da média.
SUDESTE
- Alternância entre semanas chuvosas com temperaturas próximas e/ou abaixo da média e semanas de calor intenso e pancadas de chuva típicas de verão;
- Verão de 2024/2025 será menos quente do que o verão de 2023/2024;
- Ondas de calor não devem ser frequentes;
- Frentes frias mais frequentes passando pelo litoral e pelas capitais dos estados, auxiliando a formação frequente de corredores de umidade e ocorrência de Zona de
- Convergência do Atlântico Sul (ZCAS);
- No interior de SP, as temperaturas são mais elevadas e as chuvas ocorrem em formato de pancadas.
CENTRO-OESTE
- Verão de 2024/2025 será menos quente do que o verão de 2023/2024;
- Ondas de calor não devem ser frequentes;
- Formação de corredores de umidade e ocorrência de ZCAS com frequência;
- Volumes de chuva acima da média (principalmente em Goiás, Mato Grosso e leste do Mato Grosso do Sul);
- Calor não deverá ser destaque na região. Mas eventuais ondas de calor podem afetar o centro-sul do Mato Grosso do Sul ao longo do verão.
NORDESTE
- Dezembro ainda será marcado por temperaturas acima da média, principalmente no Maranhão, Piauí e oeste do Ceará;
- Chuvas começam a aumentar, principalmente no sul do Maranhão e do Piauí, no interior de Pernambuco e na Bahia;
- Destaque para corredores de umidade mais posicionados para norte da sua posição climatológica, o que favorece a ocorrência de chuvas acima da média em grande parte da região;
- Em dezembro, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ainda não estará presente no litoral norte do Nordeste;
- A partir da segunda quinzena de janeiro, ZCIT começa a se deslocar para a região, favorecendo chuvas frequentes.
NORTE
- Em dezembro, as temperaturas ainda ficam acima da média (principalmente no Pará e Tocantins);
- Tempo fica abafado;
- Formação frequente de corredores de umidade e episódios de ZCAS;
- Apesar de abaixo da média durante o verão, as chuvas são muito volumosas e frequentes, o que favorece a recuperação gradual dos rios na região;
- O risco para recordes históricos de mínimo de vazão no próximo ano é baixo.