A BRS Lauré tem vagem de coloração roxo-avermelhada. É a primeira cultivar com essas características desenvolvida pela pesquisa para o mercado do Norte do Brasil.
A BRS Lauré tem vagem de coloração roxo-avermelhada. É a primeira cultivar com essas características desenvolvida pela pesquisa para o mercado do Norte do Brasil.

Cultivares de Feijão-de-Metro BRS Lauré e BRS Raíra, Alta Produtividade e Adaptação ao Clima Quente

As novas cultivares de feijão-de-corda (caupi), do tipo feijão-de-metro, apresentam cores diferenciadas, qualidade de vagens, elevada produtividade e bom porte para o cultivo em espaldeiras. A média de produtividade da BRS Lauré foi de 11,6 toneladas por hectare, e a BRS Raíra, de 10 toneladas por hectare, superando as variedades mais utilizadas hoje, que registraram menos de 9 toneladas por hectare. Essas cultivares são boas opções para a diversificação da produção de hortaliças na agricultura familiar no estado do Pará.

BRS Lauré e BRS Raíra: Características e Potencial de Cultivo

Feijão BRS Lauré e Raíra: cultivares de alta produtividade, ideais para regiões quentes do Brasil.
Feijão BRS Lauré e Raíra: cultivares de alta produtividade, ideais para regiões quentes do Brasil.

Ambas apresentam tolerância moderada ao estresse hídrico e às elevadas temperaturas. A BRS Raíra possui vagens longas na cor verde-oliva, enquanto a BRS Lauré apresenta vagens roxas em ponto de consumo, ambas com alto valor nutricional. Além do Pará, essas cultivares possuem potencial para cultivo em outras regiões do Brasil com clima quente, como a Região Norte (incluindo estados como Amazonas, Roraima e Rondônia), Região Nordeste (como Piauí, Ceará e Pernambuco) e o Centro-Oeste (como Mato Grosso e Goiás).

Alto Rendimento das Cultivares de Feijão-de-Metro

A BRS Lauré é a primeira cultivar com vagens de coloração roxo-avermelhada desenvolvida pela pesquisa para o mercado do Norte do Brasil. Apresenta elevada produtividade e uma distribuição equilibrada de vagens ao longo do dossel da planta. Nos testes em campo, a BRS Lauré apresentou uma média de produtividade de 11,6 toneladas de vagem fresca por hectare, enquanto os materiais tradicionais atingiram uma média de 7,6 toneladas (cultivar comercial) e 8,6 toneladas (variedade crioula).

Já a BRS Raíra possui vagens na cor verde-oliva, mais claras que as tradicionais, e produziu mais de 10 toneladas de vagem fresca por hectare. Essa cultivar apresenta vagens longas, com baixo teor de fibra, atendendo ao padrão do mercado consumidor.

Adaptação ao Clima e Inovações no Cultivo

As duas cultivares se destacam pelo desempenho superior em períodos secos e chuvosos, com boa tolerância ao estresse hídrico e às altas temperaturas. Além disso, são adaptadas ao cultivo em espaldeiras, prática que melhora a circulação de ar, facilita a colheita e aumenta a sanidade e qualidade da produção.

Benefícios para Produtores e Consumidores

As cultivares são voltadas para a agricultura familiar, permitindo colheitas ao longo de todo o ano e oferecendo uma fonte de complementação de renda. Para os consumidores, as vagens frescas possuem alto conteúdo de molibdênio, que protege as células do corpo, além de serem ricas em fibras, lipídeos, proteínas, carboidratos e outros nutrientes essenciais.

Inovações no Sistema de Cultivo

O espaldeiramento em formato de “V” é uma inovação recomendada para o cultivo dessas cultivares. Essa prática agrícola tradicional foi adaptada para melhorar a produtividade, facilitar a colheita e evitar o contato da planta com o solo, reduzindo a ocorrência de doenças e pragas.

Como Obter as Cultivares BRS Lauré e BRS Raíra

As cultivares BRS Lauré e BRS Raíra estão disponíveis para sementeiros por meio de edital de oferta pública simplificado, sendo fornecidas gratuitamente a sementeiros e viveiristas cadastrados no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem).