Perícia nos Cajus: Nenhum Vestígio de Veneno Encontrado
O Ministério Público (MP) do Piauí pediu a revogação da prisão de Lucélia Maria Gonçalves, vizinha acusada de envenenar os irmãos Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, em Parnaíba. A solicitação ocorre após a perícia descartar a presença de veneno nos cajus consumidos pelas crianças antes de morrerem. Lucélia, que nega envolvimento no crime, teve sua casa incendiada por populares após as suspeitas.
Família Devastada: Quatro Mortes e Investigação Conturbada
Os irmãos faziam parte de uma família que sofreu outro ataque em 1º de janeiro, quando um baião de dois com pesticida vitimou quatro pessoas, incluindo dois filhos da mãe das crianças. O padrasto da mãe, Francisco de Assis Pereira da Costa, foi preso após contradições em depoimentos e é o principal suspeito do envenenamento. Segundo a polícia, ele nutria ódio pela enteada e desprezava seus filhos.
Principal Suspeito: Contradições no Depoimento de Francisco

De acordo com a investigação, o veneno foi adicionado ao baião de dois após seu preparo inicial, o que explica os sintomas tardios. Francisco, que mantinha um baú trancado próximo ao fogão, é descrito como tendo uma personalidade complexa e aversão à convivência familiar.
Reviravolta: MP Pede Liberação de Vizinha Suspeita
A reviravolta no caso ocorreu após a perícia demonstrar que os cajus não continham terbufós (“chumbinho”), o que lança dúvidas sobre a hipótese inicial. O promotor Silas Lopes afirmou que é necessário reavaliar o caso diante de novas evidências.
A Busca pela Verdade: Perícias e Dados Aguardam Análise Final
Até o momento, a investigação segue em andamento, com novas perícias e análises de dispositivos apreendidos. A polícia também considera outras possibilidades para esclarecer os fatos.