A praga vassoura-de-bruxa-da-mandioca foi detectada no Amapá, levando o Mapa a decretar emergência fitossanitária para proteger a produção local.
A praga vassoura-de-bruxa-da-mandioca foi detectada no Amapá, levando o Mapa a decretar emergência fitossanitária para proteger a produção local.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou, através de portaria publicada em 30 de janeiro, estado de emergência fitossanitária nos estados do Amapá e Pará. O motivo é o risco de surto do fungo Rhizoctonia theobromae, causador da praga conhecida como vassoura-de-bruxa-da-mandioca.

Detectada inicialmente em terras indígenas de Oiapoque, a praga já afeta outros municípios no Amapá, como Calçoene e Tartarugalzinho.

Essa praga representa uma ameaça significativa à produtividade da mandioca, cultura essencial para a segurança alimentar na região.

A pesquisadora Cristiane Ramos de Jesus, da Embrapa Amapá, explicou que a praga é classificada como quarentenária presente, o que exige controle rigoroso. O Ministério da Agricultura coordenará as ações de prevenção e combate em parceria com as agências estaduais de defesa agropecuária.

A Embrapa, autorizada pelo Mapa, também realiza projetos para desenvolver sementes de mandioca resistentes ao fungo, promovendo a segurança alimentar das comunidades indígenas de Oiapoque. Esses projetos incluem a diversificação de culturas como alternativa de geração de renda.

A portaria de emergência tem validade de um ano, permitindo a adoção ágil de medidas de combate. O ministro Carlos Fávaro destacou que a emergência demonstra o reconhecimento da gravidade do problema e garante mais agilidade nas ações de contenção.

Francisco Laranjeira, chefe-geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura, afirmou que a medida é crucial para acelerar o combate à praga. Ele ressaltou a importância da colaboração entre produtores, pesquisadores e autoridades para prevenir a propagação do fungo para outras regiões produtoras.