A indústria siderúrgica brasileira vive, atualmente, um momento histórico no cenário internacional. Em 2024, o Brasil registrou exportações de US$ 4.677 bilhões em produtos do grupo “Aço e Ferro” para os Estados Unidos, consolidando-se, assim, como o segundo maior fornecedor desse setor no país norte-americano. Além disso, esses números refletem a importância estratégica do mercado americano para a economia siderúrgica brasileira, mesmo diante das recentes medidas tarifárias anunciadas pelo governo Trump.
Contexto do Mercado de Aço e Ferro
Participação de Mercado
- Brasil: 14,9% do grupo “Aço e Ferro”
- Canadá: 24,2%
- México: 10,1%
- Coreia do Sul: 5,9%
- Alemanha: 4,6%
Por exemplo, o conjunto de “Aço e Ferro” inclui produtos semimanufaturados de ferro ou aço e ferro bruto fundido, ou seja, itens que compõem uma parte significativa das exportações para os EUA. Dessa forma, nunca o Brasil teve uma participação tão expressiva neste mercado tão disputado.
Impacto das Medidas Tarifárias
Nesse contexto, em que as estimativas anuais de aço e ferro ultrapassam os US$ 100 bilhões, o anúncio do aumento do imposto por Donald Trump chega em um momento crucial para a indústria siderúrgica brasileira. Embora essa medida afete os segmentos que movimentam US$ 31,3 bilhões, por outro lado, o Brasil se beneficia consideravelmente pela sua presença sólida no mercado americano.
Outros Segmentos Afetados
Partes de Aço e Ferro
Além disso, as importações totais de peças de aço e ferro atingiram US$ 49,7 bilhões. Entretanto, a participação brasileira é de apenas 0,6% (aproximadamente US$ 306 milhões).
Partes de Alumínio
De modo semelhante, para as partes de alumínio, as importações totais somaram US$ 27,4 bilhões, com uma participação brasileira de 1% (aproximadamente US$ 272 milhões). Assim, apesar da participação modesta nesses segmentos, a relevância do Brasil no setor de aço e ferro permanece inquestionável.
Importância dos EUA para as Exportações Brasileiras
Adicionalmente, os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras de aço e ferro, representando 47,9% do total. Em contrapartida, a China, o segundo maior comprador, responde por apenas 10,7% dos embarques. Portanto, essa dependência evidencia claramente a importância estratégica do mercado norte-americano para a sustentabilidade e o crescimento das siderúrgicas brasileiras.