Câmara aprova proposta que proíbe escolas de recusar matrículas

Penalidades incluem advertência e suspensão do credenciamento

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Em uma vitória para a educação inclusiva e para pais de alunos que sofrem com a discriminação, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 9133/2017 que proíbe escolas de recusarem matrículas sem justificativa formal. A medida visa combater a prática de escolas, principalmente particulares, de negarem matrículas de crianças e jovens, especialmente aqueles com deficiência, por motivos discriminatórios ou por inadimplência dos pais.

Detalhes do Projeto de Lei

O projeto de lei estabelece sanções rigorosas para as escolas que descumprirem a norma, que podem variar desde advertências até a suspensão do credenciamento da escola junto ao Poder Público. Essa última penalidade pode inclusive impedir o funcionamento da instituição de ensino.

Argumentos a Favor da Lei

O principal argumento a favor da lei é que ela garante o direito fundamental à educação para todos, independentemente da instituição de ensino ser pública ou privada. Os defensores da lei destacam que a Constituição Federal assegura o acesso à educação sem discriminação e que a recusa de matrícula, especialmente por motivos discriminatórios, é inaceitável.

Argumentos Contrários à Lei

Deputados da oposição manifestaram preocupações quanto à abrangência da lei, alegando que ela poderia impedir que escolas privadas recusassem matrículas de alunos cujos pais são inadimplentes. Eles argumentam que a lei deveria se restringir a casos de discriminação, como a recusa de matrícula de crianças com deficiência, e não interferir na livre iniciativa das escolas privadas de gerenciarem suas matrículas.

Próximos Passos

O projeto de lei segue agora para o Senado, onde precisará ser aprovado antes de se tornar lei federal. Caso seja aprovado sem alterações, o projeto seguirá para sanção do presidente da República.

Impactos da Lei

A aprovação da lei representa um avanço na luta pela inclusão e contra a discriminação no ambiente escolar. A expectativa é de que a medida coíba a prática de recusa de matrículas por motivos discriminatórios e garanta que todas as crianças e jovens tenham acesso à educação.