A nova vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) foi incorporada ao SUS. Com isso, gestantes poderão proteger seus bebês nos primeiros meses de vida, reduzindo internações e complicações respiratórias graves.
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês. Ele é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e 60% das pneumonias em crianças menores de 2 anos.
De acordo com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, uma em cada cinco crianças infectadas precisa de atendimento ambulatorial. Além disso, uma em cada 50 é hospitalizada no primeiro ano de vida. Diante desse cenário preocupante, novas estratégias foram adotadas.
Nova Vacina Contra VSR Está Disponível no SUS

Para reduzir o número de hospitalizações, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vacina recombinante contra os vírus sinciciais A e B no Sistema Único de Saúde (SUS). Esse imunizante será aplicado em gestantes para que o bebê receba anticorpos já durante a gestação. Assim, os recém-nascidos estarão protegidos nos primeiros meses de vida, quando são mais vulneráveis.
SUS Amplia Proteção e Pode Beneficiar 2 Milhões de Bebês

Segundo especialistas, essa vacina pode prevenir aproximadamente 28 mil internações anuais. Além disso, o uso combinado da vacina com o anticorpo monoclonal nirsevimabe pode proteger até 2 milhões de bebês.
Com essa estratégia, espera-se uma queda significativa nas internações e complicações causadas pelo VSR. Essa proteção ampliada representa um grande avanço na saúde infantil e pode salvar vidas.
Como Funcionam as Novas Tecnologias?
O nirsevimabe é um anticorpo monoclonal que oferece proteção imediata contra o VSR. Diferente das vacinas tradicionais, ele não precisa estimular o sistema imunológico do bebê para ser eficaz.
Por outro lado, a vacina recombinante cria uma resposta imune na mãe. Assim, durante a gestação, o recém-nascido recebe os anticorpos passivamente. Com isso, ele estará protegido logo nos primeiros meses de vida, um período crítico para complicações respiratórias.
Ampliação da Cobertura Contra o VSR
Até agora, o SUS oferecia o palivizumabe, indicado apenas para bebês prematuros extremos e crianças com doenças graves. No entanto, essa proteção era restrita a um grupo menor de bebês.
Com a chegada das novas tecnologias, espera-se aumentar a cobertura para 300 mil crianças a mais. Dessa forma, mais bebês terão acesso à imunização e menos internações ocorrerão.
Impacto da Vacinação na Saúde Infantil
Entre 2018 e 2024, o Brasil registrou 83.740 internações de bebês prematuros causadas pelo VSR. Com a inclusão da vacina e do nirsevimabe no SUS, esse número pode cair consideravelmente.
Além disso, a redução das hospitalizações significa um alívio para o sistema de saúde. Menos internações representam menos custos hospitalares e mais leitos disponíveis para outras emergências pediátricas.
Um Novo Marco na Proteção Infantil
A chegada dessas vacinas ao SUS representa um avanço crucial na prevenção de infecções respiratórias. Com isso, mais gestantes terão acesso à imunização, garantindo mais segurança para seus bebês.
Além disso, a estratégia combinada da vacina e do anticorpo monoclonal amplia a proteção para um número maior de crianças. Esse avanço reforça a importância da imunização como ferramenta essencial para reduzir a mortalidade infantil.
Com a ampliação da cobertura vacinal, o Brasil dá um passo importante para garantir mais saúde e qualidade de vida para as futuras gerações.