Trump revoga normas que limitavam pressão da água em chuveiros
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma nova ordem executiva que altera as regras sobre o fluxo de água em chuveiros, torneiras e outros equipamentos domésticos. A medida, anunciada na quarta-feira (9), revoga restrições impostas durante os governos de Barack Obama e Joe Biden.
Essas normas estabeleciam um limite de vazão de água por minuto, com o objetivo de economizar recursos hídricos e energia. Trump, no entanto, sempre foi crítico dessas restrições e agora decidiu eliminá-las por completo. “Tenho que ficar debaixo do chuveiro por 15 minutos até conseguir me molhar. Sai gota por gota. É ridículo”, afirmou.
“Gosto de cuidar do meu lindo cabelo”, diz Trump ao justificar decisão
Durante a assinatura da ordem na Casa Branca, Trump declarou que a pressão da água era insuficiente até mesmo para um banho comum. “Gosto de tomar um bom banho e cuidar do meu lindo cabelo”, disse o ex-presidente, em tom irônico, ao justificar a mudança.
A nova regulamentação permite que fabricantes produzam chuveiros com maior pressão de água, acabando com os limites que estavam em vigor desde 1992, quando foi aprovada uma lei federal de eficiência energética.
Casa Branca critica “burocracia da esquerda” e defende liberdade no banho
Em comunicado oficial, a Casa Branca afirmou que a nova medida devolve aos americanos o direito de escolher como querem usar a água em suas casas. “Trump está desfazendo a guerra da esquerda contra a pressão d’água”, afirmou o governo.
Segundo o comunicado, os chuveiros não serão mais fracos e inúteis, e os consumidores poderão usufruir de mais conforto e liberdade. “A ordem liberta os americanos das regulamentações excessivas que transformaram um item doméstico básico em um pesadelo burocrático”, diz a nota.
Ambientalistas criticam medida e apontam impacto no consumo de água e energia
Organizações ambientais e especialistas em eficiência energética criticaram a decisão. De acordo com o Appliance Standards Awareness Project (ASAP), as normas anteriores ajudavam a reduzir o consumo de água e de energia, resultando em contas menores para os consumidores e menos impacto ambiental.
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) estima que os chuveiros respondem por cerca de 20% do uso diário de água em uma residência americana. Além disso, aquecer a água do banho consome aproximadamente um quinto da energia residencial.
Andrew deLaski, diretor executivo da ASAP, afirmou à Associated Press que a medida de Trump é um “truque” para contornar a legislação de eficiência energética. “As avaliações dos consumidores mostram que a maioria dos chuveiros atuais garante um banho satisfatório. Portanto, não há um problema real a ser resolvido”, concluiu.