Celulares, laptops e chips escapam de nova tarifa de Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a exclusão de diversos produtos eletrônicos — como smartphones, computadores, chips de memória e equipamentos de semicondutores — das tarifas recíprocas de até 145% aplicadas recentemente sobre importações chinesas.
Isenção de tarifas entra em vigor em abril de 2025
A medida entrou em vigor retroativamente em 5 de abril de 2025 e também isenta esses itens da tarifa base de 10% aplicada a produtos de outros países, exceto a China. Analistas avaliam que a decisão visa conter o aumento de preços para o consumidor e proteger grandes empresas de tecnologia dos EUA, como Apple, Dell e Nvidia, que dependem da produção chinesa.
Trump é alvo de críticas e passa vergonha diante do recuo
Embora a exclusão dos eletrônicos tenha evitado um impacto direto no bolso dos americanos, a decisão foi vista por críticos como uma recuada embaraçosa por parte de Trump. A proposta inicial de sobretaxar amplamente os produtos chineses foi interpretada como uma medida precipitada, mal planejada e politicamente motivada, gerando críticas tanto do setor empresarial quanto de opositores políticos.
Com isso, Trump enfrenta vergonha pública ao ter que recuar de sua própria política agressiva, sinalizando contradição diante de sua retórica nacionalista e protecionista.
Produtos como iPhones poderiam custar até US$ 2.300
Antes da exclusão, estimava-se que um iPhone poderia ultrapassar US$ 2.300 com a aplicação das tarifas. A mudança foi crucial para evitar essa alta, principalmente às vésperas de novos lançamentos de produtos da Apple, empresa que fabrica quase toda sua linha na China.
Cerca de 20 categorias foram isentas pelas autoridades
Autoridades aduaneiras dos EUA confirmaram a exclusão de aproximadamente 20 categorias de produtos, como laptops, monitores, processadores, discos rígidos e equipamentos utilizados na fabricação de semicondutores.
Medida ocorre em meio à guerra comercial com a China
O cenário de escalada comercial entre EUA e China continua. Trump tenta mostrar força com tarifas elevadas, mas a necessidade de proteger a economia interna e a pressão de grandes empresas o forçaram a recuar neste ponto específico, o que foi percebido por muitos como uma vergonha política e econômica.
Especialistas alertam para possível retorno das tarifas
Apesar da exclusão atual, produtos como smartphones e chips podem voltar a ser tarifados, dependendo do avanço das negociações comerciais e das avaliações de segurança nacional envolvendo semicondutores.
Decisão revela tentativa de controle de danos
A exclusão dos eletrônicos representa uma tentativa de Trump em conter os danos causados por sua própria política comercial, buscando um meio-termo entre o protecionismo e a realidade do mercado globalizado. A reação crítica, contudo, ressalta o desgaste de sua imagem política e a percepção de instabilidade nas decisões econômicas de seu governo.