A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta grave nesta sexta-feira (25) sobre o retorno de doenças quase erradicadas, como sarampo, febre amarela e meningite. A entidade afirma que a falta de recursos financeiros e a desinformação estão agravando o cenário global de vacinação.
O Impacto da Falta de Vacinação no Mundo
Nos últimos anos, surtos de sarampo, febre amarela e meningite aumentaram significativamente. O sarampo, por exemplo, teve um aumento de 20% em 2023. Mais de 130 países registraram casos, e muitos enfrentaram surtos grandes. O número crescente de infecções está diretamente ligado à queda nas taxas de vacinação desde a pandemia de Covid-19. As campanhas de imunização foram suspensas em diversos países, o que gerou uma recuperação dessas doenças, colocando muitas vidas em risco.
Febre Amarela e Meningite: Retorno Preocupante
Além disso, a febre amarela voltou a afetar a África e as Américas. Da mesma forma, a meningite teve um aumento alarmante, principalmente na África, e as taxas continuarão a subir em 2025. O retorno de doenças como a difteria, que estavam quase erradicadas, também é preocupante. Só nos primeiros três meses de 2025, mais de 5,5 mil casos suspeitos e quase 300 mortes foram relatados em 22 países.
A OMS Apela por Investimentos em Vacinas
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, afirmou que essas doenças, que podem ser evitadas com vacinas, estão colocando a saúde pública em risco. Ele também enfatizou que os países devem investir mais em vacinas, já que essa é a forma mais eficaz de proteger suas populações. Além disso, as vacinas são a melhor maneira de evitar surtos que podem resultar em altos custos para os sistemas de saúde.
Desinformação e Crises Econômicas: Obstáculos à Vacinação
Por outro lado, a desinformação tem dificultado os esforços para aumentar as taxas de vacinação. Notícias falsas espalham medo e geram confusão, fazendo com que muitas pessoas deixem de se vacinar. A situação se agrava ainda mais devido a crises econômicas em vários países, o que impede que os governos financiem campanhas de imunização adequadas. A falta de apoio financeiro tem impedido a vacinação de milhões de crianças vulneráveis, especialmente contra o sarampo.
A OMS e o Unicef destacam que a situação pode ser controlada se os países retomarem as campanhas de vacinação com urgência e se houver maior cooperação internacional. O retorno das vacinas e o aumento da cobertura vacinal são fundamentais para impedir que essas doenças voltem a causar grandes surtos e mortes.