As primeiras movimentações visando à prefeitura do Rio em 2020 colocam os três políticos mais influentes do país como protagonistas.
Numa frente está a candidatura do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), vaticinada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em outra, uma replicação em escala municipal da disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. Nenhuma outra cidade do Brasil tem a disputa tão bem desenhada quanto no berço político do presidente. A saída de Bolsonaro do PSL deixou o partido livre para intensificar sua aliança com o governador Wilson Witzel (PSC), no que pode resultar numa chapa para 2020.
Segundo o Estadão, nesta semana Witzel deve receber o presidente nacional do PSL, o deputado pernambucano Luciano BIVAR, desafeto de Bolsonaro. Contra o PSL, ainda segundo o Estadão, o família presidencial busca se aproximar ainda mais do eleitorado evangélico, no que pode até resultar numa chapa do atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), com o deputado Helio Lopes (PSL-RJ), amigo do presidente. Witzel é um dos políticos de direita com ambição presidencial em 2022.
Outro candidato já confirmado tem o aval de Lula, numa incomum decisão petista de abrir mão de uma cabeça de chapa em prol de Marcelo Freixo, deputado federal pelo PSOL, que ficou nacionalmente conhecido por comandar a CPI das milícias na Aseembleia do Rio.
As milícias são um dos temas preferidos de Lula desde que deixou a prisão, há dez dias. Ontem, em discurso no Recife onde voltou a criticar a Lava-Jato, afirmou que Bolsonaro e o ministro Sergio Moro estão “fomentando as milícias em nome do que neste país?”. Mais do que nunca, o Rio será o Brasil em 2020.