VILHENA VAI ABOLIR LIXEIRAS NA FRENTE DAS CASAS A PARTIR DE 2020 E IMPLANTAR COLETA MECANIZADA; ENTENDA

Saae conquistou verba de quase R$ 4 milhões no Governo Federal com projeto de Coleta Seletiva Mecanizada

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As lixeiras em frente às casas, as sacolas espalhadas pelas ruas e o mal cheiro do lixo vão acabar em Vilhena a partir de 2020 com a implantação do projeto inovador de coleta seletiva mecanizada com contêineres do município,  conquistado pelo Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto).

Garantido pela articulação em Brasília do prefeito Eduardo Japonês e pela equipe técnica composta pelo diretor do Saae, Maciel Wobeto, o diretor-adjunto Paulo Lima Coelho e a diretora de planejamento Sueli Magalhães, o projeto foi empenhado e conveniado em R$ 3,8 milhões para instalar 1.500 contêineres  na cidade que serão recolhidos por caminhões especiais.

“Cada contêiner estará a aproximadamente 100 metros de cada residência. São recipientes com capacidade para 1 tonelada e totalmente vedados. Em cada ponto haverá três deles, um para resíduos secos recicláveis, outro para resíduos compostáveis e outro para rejeitos diversos.  A coleta será toda mecânica e vai diminuir em 80% os custos com mão-de-obra no trabalho”, explica Maciel.

Hoje o Saae gasta quase R$ 1 milhão por mês com a destinação de resíduos para o aterro sanitário. A separação dos resíduos (lixo) deverá reduzir esse número significativamente, com previsão para iniciar em junho de 2020.

“Atualmente há aproximadamente 60 pessoas trabalhando na reciclagem de cerca de 70 toneladas de resíduos por mês. É pouquíssimo, pois isso representa apenas 5% do total. Com a implantação dos contêineres queremos aumentar esse percentual para mais de 40% e isso deve gerar 270 empregos adicionais para lidar com a reciclagem e compostagem desse material todo que já virá separado”, conta Paulo Lima.

PROJETO AMPLIADO – O senador Marcos Rogério lembra que “estavam previstos 1.500 contêineres no projeto inicial, mas, em apoio à causa, me dispus a contribuir com uma emenda de R$ 500 mil, suficientes para a aquisição de outros 300 contêineres. Vilhena merece e é minha forma de retribuir pelo carinho que recebo sempre que vou a essa grande cidade”.

O prefeito Eduardo Japonês destaca que Vilhena, assim, será a única cidade do Norte do Brasil a ter o sistema de Coleta Seletiva Solidária Mecanizada implantado. “O caminhão vai recolher o lixo do contêiner, lavar o recipiente e deixá-lo novamente no local, automaticamente. É um processo limpo, rápido e econômico que vai abolir as lixeiras na frente das casas, dificultando a proliferação de vetores nocivos à Saúde. Considerando a redução na mão-de-obra e no pagamento ao aterro sanitário, vamos economizar milhões de reais por ano, além de implantar uma central de compostagem que vai gerar muitas toneladas de adubo orgânico para pequenos agricultores da cidade”, conta Japonês.

RECURSOS FEDERAIS – Sueli explica que o projeto já está aprovado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) desde o dia 11 de dezembro. Empenhado e conveniado na semana passada ele envolve R$ 2,9 milhões para os contêineres e R$ 900 mil para o veículo especializado, além de outros investimentos. A contrapartida do município é de apenas R$ 45 mil.

A Secretaria Municipal de Trânsito ficará incumbida de sinalizar com pintura no asfalto todos os locais que vão receber os contêineres, previstos para ocupar espaço semelhante ao de dois carros. Eles virão com identificação de cada tipo de resíduos a ser depositados e também com uma faixa refletiva.

Vilhena foi selecionada através de uma proposta criada pelo Saae por iniciativa própria em competição com todos os outros estados do Brasil.

A SEPARAÇÃO – Cada morador deverá, então, separar dentro de casa os resíduos a serem depositados nos contêineres. No contêiner de resíduos secos recicláveis devem ser deixados papel, plástico, vidro e metais em geral. O contêiner de resíduos compostáveis orgânicos receberá cascas de frutas, verduras, ovos, pó de café usados (incluindo filtros), restos de chás (incluindo saquinhos), ervas de chimarrão/tereré, e semelhantes. No último contêiner vão rejeitos como lixo do banheiro, lenços e fraldas descartáveis, restos de varrição de casa, alimentos e papeis engordurados, bitucas de cigarro e semelhantes.

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