O auxílio emergencial de R$ 600 para os trabalhadores informais começa a ser pago hoje, segundo o governo. O governo também vai bancar a conta de luz dos consumidores de baixa renda por três meses. Entenda como será o novo saque do FGTS de até R$ 1.045 por trabalhador. Em seu quinto pronunciamento durante a crise do coronavírus, Bolsonaro volta a pedir retorno ao trabalho e diz que isolamento é de responsabilidade dos governadores. O presidente também defendeu o uso da cloroquina, que é alvo estudos e testes. E veja o guia completo do G1 para a vida em casa, com dicas para o isolamento social.
Auxílio emergencial
Um dia após o início do cadastramento, mais de 26 milhões de pessoas já se inscreveram no programa de auxílio emergencial de R$ 600, que começa a ser pago hoje. Foram mais de 217 milhões de acessos ao site do programa, 22,5 milhões de downloads do aplicativo e 3,3 milhões de ligações.
O pagamento começa nesta quinta-feira (9) pelos trabalhadores já inscritos no Cadastro Único e que têm conta no Banco do Brasil ou na Caixa. Quem não tem conta nesses bancos vai receber a primeira parcela na terça (14), segundo o governo.
Para quem recebe o Bolsa Família, o pagamento seguirá o calendário do programa. E os demais trabalhadores que se enquadram nas regras do benefício devem receber em até cinco dias úteis após o cadastro no site ou no aplicativo.
Conta de luz
O governo publicou medida provisória (MP) para isentar os consumidores de baixa renda do pagamento da contas de luz. A medida provisória foi editada em razão da crise provocada pelo coronavírus e prevê que União gastará R$ 900 milhões com o pagamento. A isenção vale para quem consome até 220 kWh:
- Os consumidores terão desconto de 100% na tarifa entre 1º de abril e 30 de junho;
- A isenção vale para unidades que consomem até 220 quilowatts-hora (kWh) por mês e que estejam incluídas na Tarifa Social;
- O que passar dos R$ 900 milhões serão pagos pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Saque do FGTS
O governo liberou uma nova rodada de saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), de até R$ 1.045 de contas ativas e inativas. A retirada começa em 15 de junho e vai até 31 de dezembro. Veja quem poderá sacar, o calendário, o montante destinado ao benefício e mais detalhes.
O Assunto: auxílio de R$ 600
O auxílio de R$ 600 para os informais, anunciado como uma medida para frear o impacto da crise do coronavírus, começa a ser pago nesta quinta. Quem tem direito? Como se cadastrar para receber? Quantas pessoas serão beneficiadas? Para responder a esta e a outras perguntas, Renata Lo Prete conversa com o repórter de economia do G1 Luiz Gerbelli, que fala também sobre a MP que permitirá novo saque do FGTS.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, decretou na noite de quarta estado de calamidade pública na cidade devido à epidemia do Covid-19. O estado de calamidade permite que a prefeitura descumpra vários itens da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), inclusive limites de despesas de gasto com pessoal e metas fiscais.
Pronunciamento de Bolsonaro
Em seu quinto pronunciamento na TV sobre o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro pediu a volta ao trabalho, “observadas as normas do Ministério da Saúde”. Ele disse ter “certeza” que a “grande maioria” quer voltar a trabalhar e afirmou que medidas de isolamento são “responsabilidade exclusiva” dos governadores.
Bolsonaro elencou medidas adotadas pelo governo para enfrentar a crise e também aproveitou o pronunciamento para defender o emprego da substância hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, doença causada pelo coronavírus.
Cloroquina
O uso da cloroquina por pacientes infectados com o novo coronavírus ainda está em fase de testes e de estudos. Não há resultados conclusivos as pesquisas com o remédio, usado principalmente contra a malária. Apesar de as evidências em alguns estudos indicarem que ela pode funcionar em certos casos, há alertas sobre o risco de complicações causadas pela toxicidade da droga.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o uso da cloroquina junto com o antibiótico azitromicina é uma das quatro combinações de medicamentos que estão em fase de testes em 74 países. Os resultados são monitorados pela organização, que informou ao G1 que “até agora, nenhum produto farmacêutico se mostrou seguro e eficaz para tratar a Covid-19”.
Mais de 800 mortos
As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 21h45 de ontem, 16.195 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 822 mortes pela Covid-19.