O Hospital de campanha da Operação Acolhida, que cuida da imigração venezuelana em Roraima, está com a estrutura montada em Boa Vista, mas ainda não atende pacientes infectados pelo coronavírus por falta de material e profissionais.
O Posto de Atendimento Avançado (PPA) que a Acolhida mantinha em Pacaraima, ao Norte do estado, foi desdobrado para Boa Vista, após o fechamento da fronteira com a Venezuela.
Com a estrutura na capital, o Exército pretende auxiliar exclusivamente no atendimento de pacientes com coronavírus. No entanto, ainda não há data definida para que o hospital de campanha comece as suas atividades.
“Seu funcionamento iniciará tão logo os demais parceiros forneçam os insumos (material e pessoal) necessários a sua ativação, conforme planejado”, diz trecho da nota do Exército enviada à Rede Amazônica.
Roraima já registra 75 casos da doenças, de acordo com publicação feita nas redes sociais do governo.
A construção do hospital foi anunciada em 23 de março e tinha entrega prevista para o dia seguinte. Mas o funcionamento ainda depende do planejamento do governo, tendo em vista que o hospital vai atender a brasileiros, venezuelanos e qualquer outro paciente com sintomas da doença em Roraima.
Na manhã desta sexta-feira (10), o governo iniciou a distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para diversas unidades de saúde da capital, mas não informou quando deve entregar os equipamentos à estrutura da Acolhida.
A prefeitura de Boa Vista, que é também é uma das parceiras do Exército na ação, divulgou um edital do processo seletivo para contração temporária de 111 técnicos em enfermagem.
A estrutura do hospital é separada em áreas de cuidados, divididos nos níveis 1, 2 e 3 – conforme a gravidade de cada caso – e espaço para isolamento.
Dos 80 leitos, três serão de UTI com equipamentos respiradores específicos para pacientes com a Covid-19, doença causada pelo coronavírus. A meta é ampliar o hospital para atender 1200 pessoas.
A equipe de profissionais já conta com 12 médicos e nove enfermeiros que atuam na missão com os venezuelanos. Esse número deve aumentar porque o governo e prefeitura também vão ceder equipes para o hospital.