Em meio à pandemia de coronavírus e do isolamento social imposto por legislações, o produtor rural Ronaldo de Oliveira encontrou na internet um meio de contato para dirimir dúvidas e dar sequencia nos serviços de silagem na propriedade dele, localizada na linha 8, do Setor Itapirema, em Ji-Paraná.
Produtor de rebanho leiteiro, Ronaldo Oliveira está preparando alimentação e o respectivo armazenamento para suprir a demanda nutricional do gado durante o rigoroso inverno seco amazônico, que segue até outubro. Ele buscou ajuda técnica junto a Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO) sem precisar deslocar da propriedade, evitando assim o contato com pessoas externas ao convívio dele.
O atendimento remoto dos técnicos consiste em ligação telefônica ou por meio de mensagens de vídeo, texto e/ou áudio com os produtores. No caso de Ronaldo Oliveira, ele expôs a dúvida, dificuldade e solicitou aconselhamento pertinente ao problema vivenciado.
Na outra ponta e com base nas informações colhidas, o técnico da Emater toma conhecimento dos fatos e apresenta as soluções.
“O Ronaldo me enviou vídeos sobre a silagem que estava preparando e áudios solicitando mais detalhes sobre o processo. Analisei as imagens e sugeri correções”, disse a técnica, a agrônoma Valquíria Mendes.
“Tenho recebido todas as instruções e orientações detalhadas dos técnicos da Emater sobre o procedimento correto em que devo realizar. Eu estou satisfeito sim. Creio que ficarei mais satisfeito quando começar a tratar dos animais”, disse o produtor, referindo às conversas por meio de aplicativo. “No ano que vem quero começar a preparar a silagem mais cedo”, disse o produtor.
A silagem consiste no armazenamento da forragem. O processo garante baixa perda nutricional e permite que o alimento seja armazenado por um longo período graças a fermentação controlada durante o processo.
MAIS ATENDIMENTOS REMOTOS
O dia a dia dos técnicos do escritório da Emater em Ji-Paraná está consolidado nos atendimentos virtuais. Porém, quando o caso requer assinatura em documento, o atendimento ocorre de maneira presencial cercado de cuidados como o afastamento social e higienização das mãos, por exemplo.
“Procuramos atender nossos produtores sempre por mecanismos eletrônicos. Enviamos tutoriais, tiramos dúvidas, apresentamos sugestões… Conversamos e resolvemos o que for preciso”, explica o gerente do escritório local, Gabriel Cordeiro, detalhando o mecanismo de atendimento remoto desde início da quarentena, em março.
Dentre os serviços prestados remotamente, os técnicos da Emater pontuam os mais recorrentes como sendo consultas sobre financiamentos e linhas de créditos, retificação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), implantação de sistema energia solar e, até mesmo, orientações para o cadastramento do auxílio emergencial, do governo federal.
“Suspendemos nossas atividades de cursos, mas tão logo as atividades retomem a normalidade estamos preparados para ministrar diversos cursos, especialmente os das áreas de alimentação e de boas práticas”, pontua a extensionista social Eliene Novais.