O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (20) que o general Eduardo Pazuello, que responde de forma interina pelo Ministério da Saúde, ficará “por muito tempo” à frente da pasta.
Ainda de acordo com o presidente, o general, que não tem formação na área de saúde, vai ser auxiliado no ministério por uma “equipe boa” de médicos.
Bolsonaro deu a declaração ao conversar com profissionais de limpeza urbana que trabalhavam em um trevo próximo ao Palácio da Alvorada, em Brasília.
General da ativa do Exército, Pazuello foi nomeado secretário-executivo do ministério – segundo cargo na hierarquia da pasta – e está como ministro de forma interina desde a semana passada, quando Nelson Teich pediu demissão.
Nesta quarta, o presidente foi perguntado na conversa com profissionais de limpeza se já havia escolhido o novo ministro da Saúde. Bolsonaro respondeu que não, e falou sobre o futuro de Pazuello.
“Ele [Pazuello] vai ficar por muito tempo esse que tá lá. Não vai mudar não. Ele é um bom gestor, vai ter uma equipe boa de médicos abaixo dele”.
Pazuello foi escolhido número 2 da Saúde por sua experiência em logística, já que comandou a “Operação Acolhida”, que recebe em Roraima os venezuelanos que entram no Brasil.
Cloroquina
Com Pazuello à frente da pasta, o Ministério da Saúde divulgou nesta quarta o protocolo que libera no SUS o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina até para casos leves de Covid-19. Até então, o protocolo previa os remédios para casos graves.
Infectologista analisa protocolo do governo que libera o uso de cloroquina
O documento do governo afirma que não há garantia de cura e que o medicamento pode até levar à morte; nenhuma autoridade assina protocolo.
A chegada de Pazuello ao ministério também marcou uma militarização da pasta.