Nova previsão de pico do Coronavírus em Rondônia é o dia 20

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A curva do Coronavírus em Rondônia está em fase de aceleração, segundo informou a gerente de vigilância epidemiológica da Agevisa, Arlete Baldez, durante coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (3). Por conta disso, o secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo, voltou a alertar a população sobre a importância de obedecer ao decreto que define distanciamento social, por conta do aumento no número de casos.

A gerente explica que a curva está em franca aceleração, por isso o número de casos estão dobrando praticamente todos os dias. “Com o início das testagens rápidas, provavelmente os números aumentarão ainda mais. A única saída para evitar o aumento de casos é o isolamento social”, explicou.

Ela disse que há uma estimativa de que Rondônia comece a entrar no pico da doença no próximo dia 20. “Isso pode não acontecer, é uma estimativa, não podemos garantir no momento”, afirmou.

De acordo com Arlete Baldez, quando o número de casos confirmados e internações começarem apresentar sinais de redução, será um sinal de que a curva está diminuindo, mas a população terá que continuar cumprindo as orientações básicas de saúde para não voltar a aumentar.

Segundo o boletim, o número de pacientes internados na rede pública e privada chegou a 321. A taxa de letalidade do vírus em Rondônia é de 3,1%, metade da média nacional, correspondente a 172 mortes.

Leitos

Fernando Máximo explicou que as UTIs do Cemetron e do Samar estão 100% ocupadas. Nesta manhã, surgiram três vagas de UTI na AMI, totalizando 91,4% de ocupação e mais quatro vagas no Hospital João Paulo II. No interior, no Hospital Regional de Cacoal, 87,5% dos leitos de UTI estão ocupados. “Isso significa que estamos completamente no limite, os leitos esgotados. Os hospitais da rede privada estão na mesma situação, lotados. A população precisa nos ajudar, ficando em casa quem puder”, alertou.

Servidores

De acordo com a Sesau, 930 servidores foram afastados de suas funções, entre casos confirmados, suspeitos e do grupo de risco. Outros 198 profissionais de saúde que atuam no Hospital João Paulo II, testaram positivo para Covid-19. No Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, 139 servidores foram infectados com a doença. O número de curados entre profissionais do município e do estado chegou a 783.

Além de casos de Covid-19 confirmados em servidores do João Paulo II e Hospital de Base, também foram registrados situações de trabalhadores infectados no Hospital Infantil Cosme e Damião, Lacen, Cemetron, Hospital Regional de Cacoal, Heuro, no hospital da rede pública de Buritis e em Extrema, elevando o número de positivados da área da saúde.

Hospital de Amor

Nesta quarta-feira (3), 12 leitos de UTI foram entregues para atender pacientes do Estado, positivados com Coronavírus. Fernando Máximo informou que na próxima sexta-feira (5), os leitos clínicos também serão entregues.

Regina Pacis

A previsão é que na próxima terça-feira (9), alguns leitos clínicos desse hospital comprado pelo Estado sejam entregues. “Essa é a nossa esperança. Teve alguns imprevistos porque estamos com dificuldade de comprar material e isso está acontecendo no mundo inteiro”, disse o secretário.

Fernando Máximo disse que uma das grandes vantagens do Estado ter comprado o hospital, considerado de campanha, é que ele veio com vários equipamentos de UTI. “No hospital, tem 30 leitos clínicos montados. Terão inicialmente, 10 leitos de UTI montados com bomba de infusão, ventiladores, monitores multiparamétricos e rede de gases”, explicou.

Algumas salas cirúrgicas que serão disponibilizadas, que nesse momento não serão utilizadas, serão todas utilizadas como leitos. “Então, improvisa-se em salas de cirurgias com rede de gases, oxigênio, podendo chegar a 140 leitos clínicos, mas para isso eles não entregarão as camas, está no contrato, eles irão entregar essa estrutura que tem pronta, equipada e mobilhada, essa é uma vantagem pela dificuldade que a gente tem de comprar porque está difícil. Então para chegarmos aos 80 leitos, o Estado vai se comprometer a equipar”, disse Fernando Máximo.

Para esses 140 leitos clínicos, onde 60 serão improvisados nas salas cirúrgicas, na parte administrativa e consultórios, o secretário disse que a empresa não tem a mobília, mas o Estado está se comprometendo dar o suporte e o que precisar. “Mas a grande vantagem da compra desse hospital não foi o prédio, e sim a compra de vários equipamentos caros e raros nesse momento”, finalizou o secretário.

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