Porto Velho registra 3 incêndios florestais médios em 24 horas

Ocorrências foram atendidas pelos bombeiros na segunda-feira (13). Corporação informou que média de atendimentos em julho tem sido de cinco a seis queimadas de pequenas proporções por dia na capital.

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Da sacada do apartamento na Vila Militar 14 BIS, em Porto Velho, um morador registrou quando o fogo se alastrou rapidamente na vegetação seca na segunda-feira (13). O caso foi uma das três ocorrências de incêndios florestais médios apenas em um dia na capital atendidas pelos bombeiros.

Um outro morador, agora do bairro Ulisses Guimarães, registrou a fumaça de um incêndio que, segundo outros moradores, durava ao menos dois dias. Entre o dia 1º e 13 de julho, Rondônia registrou 71 focos de queimadas, segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O Corpo de Bombeiros informou que a média de atendimentos em julho tem sido de cinco a seis queimadas de pequenas proporções todos os dias em Porto Velho. Disse ainda que há uma parceria com a 17ª Brigada, e que soldados foram treinados para atuar, caso seja necessário.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) informou que as equipes estão focadas na fiscalização este ano. Em 2019, foi criada uma brigada de incêndio para ajudar no combate às chamas.

Incêndios foram registrados por moradores de Porto Velho na segunda-feira (13).  — Foto: Divulgação

Reflexo em junho

O número de queimadas no bioma amazônico no mês de junho foi o maior observado para o mês desde 2007, de acordo com dados do Inpe, gerados com base em imagens de satélite. Foi um aumento de 19,6% em comparação com o mesmo mês no ano passado. Em junho de 2020, foram 2.248 focos ativos, em 2019, 1.880.

Segundo o Inpe, a média histórica para junho é de 2.724 focos ativos de queimadas no bioma Amazônia. Em junho de 2020, o índice ficou 17% abaixo da média dos últimos 21 anos, mas o número não passava dos 2 mil desde 2007, quando houve 3.519 pontos de incêndio na floresta.

O que provoca as queimadas?

Para haver fogo, é preciso combinar: fontes de ignição (naturais, como raios, ou antrópicas, como isqueiros ou cigarros); material combustível (ter o que queimar, como madeiras e folhas); e condições climáticas (seca).

Como a Amazônia é uma floresta tropical úmida, os incêndios mais recorrentes ocorrem quando a madeira desmatada fica “secando” por alguns meses e, depois, é incendiada para abrir espaço para pastagem ou agricultura. Segundo especialistas, um incêndio natural não se alastraria com facilidade na Amazônia.

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