Genética torna pessoa mais suscetível a contrair covid-19, diz estudo

Estudo realizado nos Estados Unidos aponta que fatores genético podem decidir quem corre mais perigo de contrair coronavírus

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Um novo estudo do centro médico e acadêmico Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, aponta que fatores genéticos podem influenciar a suscetibilidade das pessoas ao novo coronavírus. Ou seja, dependendo da genética do indivíduo em questão, ele poderá ter mais chances de contrair covid-19 do que outra pessoa.

Publicado na quarta-feira (15) na revista médica BMC Medicine, os resultados do estudo conduzido pelo pesquisador Feixiong Cheng, do Instituto de Medicina Genômica, pode auxiliar as autoridades de saúde na busca por tratamentos mais eficazes para combater e prevenir a infecção do vírus em diferentes tipos de pessoa de acordo com seus traços genéticos.

A pesquisa analisou uma série de variações sequenciais de DNA ao examinar polimorfismos nos genes ACE2 e TMPRSS2, que produzem as enzimas necessárias para que o coronavírus consiga infectar as células humanas. Nos mais 81 mil genomas humanos avaliados, foram encontrados 131 múltiplos polimorfismos potencialmente deletérios nos genes, o que indica uma susceptibilidade maior à contratação ao vírus nesses casos.

Em termos mais simples, segundo a pesquisa, embora a maior parte dos casos confirmados de covid-19 apresente sintomas leves, como tosse seca e cansaço, alguns indivíduos apresentam sintomas mais graves. Seja em pessoas idosas ou jovens, com problemas pré-existentes ou não. O estudo conclui, então, que isso se deve aos fatores genéticos.

O problema é que ainda não há uma definição exata sobre quais são esses fatores genéticos que influenciam a susceptibilidade à doença. Para que isso seja feito, o estudo afirma que é necessária uma investigação maior em torno do genoma humano e feito com dados genéticos de pacientes que já contraíram a doença.

“Quanto mais soubermos sobre os fatores genéticos que influenciam a suscetibilidade ao covid-19, melhor seremos capazes de determinar a eficácia clínica de possíveis tratamentos”, disse Cheng.

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