Márcia Aguiar coloca tornozeleira eletrônica após intimação da Justiça

Ela compareceu à central de monitoramento na manhã desta sexta-feira (17). Fabrício Queiroz, seu marido, deixou o presídio no dia 10 de julho já com o equipamento.

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Márcia Aguiar, mulher de Fabrício Queiroz, chegou por volta das 10h desta sexta-feira (17) à Central de Monitoramento do Estado do Rio. Intimada pela Justiça, ela compareceu ao local para colocar uma tornozeleira eletrônica.

Márcia cumpre prisão domiciliar junto com o marido. Queiroz deixou o presídio no dia 10 de julho já com a tornozeleira eletrônica. Ele foi ouvido pelo Ministério Público (MP) na quarta-feira (15).

Os dois são investigados no esquema de “rachadinha” do gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando ele era deputado estadual no Rio.

Márcia Queiroz chega à à central de monitoramento para colocar tornozeleira eletrônica — Foto: Reprodução/TV Globo

Márcia Queiroz chega à à central de monitoramento para colocar tornozeleira eletrônica — Foto: Reprodução/TV Globo

Após três semanas foragida, Márcia apareceu, neste sábado (11), no próprio apartamento, na Taquara, na Zona Oeste.

Márcia Aguiar, mulher de Queiroz, na varanda do apartamento onde cumpre prisão domiciliar — Foto: Evandro Cardoso/GloboNews

Márcia Aguiar, mulher de Queiroz, na varanda do apartamento onde cumpre prisão domiciliar — Foto: Evandro Cardoso/GloboNews

Buscas do Ministério Público

Márcia era procurada desde a prisão do marido, no dia 18 do mês passado. Ambos foram assessores do então deputado estadual Flávio Bolsonaro — Márcia serviu no gabinete entre 2007 e 2017.

No dia 23, o Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Militar mineira chegaram a fazer uma busca na casa da madrinha de Queiroz, em Belo Horizonte, onde se acreditava que Márcia estava escondida.

Equipes estiveram ainda em endereços em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na casa da mãe e das irmãs, mas ela não foi encontrada.

Habeas corpus

O benefício da prisão domiciliar foi concedido após uma decisão do ministro João Otávio Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na quinta-feira (9).

Uma das filhas dele deixou uma mensagem emocionada avisando que ia buscar o pai no Complexo Penitenciário de Gericinó.

“Estou indo te buscar, meu pai! E você vai ter o abraço de todos os seus filhos que estão cheios de saudades e tanto te amam e sabem o homem incrível que você é!”, disse a filha na mensagem.

Operação Anjo

Queiroz estava preso desde 18 de junho, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Anjo.

A defesa afirma que o ex-assessor está fazendo um tratamento contra um câncer e usou como argumento o “atual estágio da pandemia do coronavírus”. Os advogados disseram que Queiroz “é portador de câncer no cólon e recentemente se submeteu à cirurgia de próstata”.

O benefício também contempla a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, cuja prisão foi determinada na operação, foragida por três semanas.

Queiroz é alvo de investigação sobre o esquema das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Regras

Para a concessão da prisão domiciliar, a defesa teve que indicar o endereço onde o casal deve cumprir a prisão domiciliar. Será na Taquara, na Zona Oeste do Rio. Autoridades policiais terão acesso ao local sempre que for necessário. Também há a proibição de contato com terceiros, menos familiares próximos, profissionais de saúde e advogados.

Foi determinado o desligamento das linhas telefônicas fixas e a entrega de todos os telefones móveis, assim como computadores, laptops e tablets.

A medida foi tomada porque, de acordo com a investigação, havia uma interferência de Queiroz nas investigações.

Relembre o caso

Queiroz foi preso em Atibaia, no interior de São Paulo, cidade a 80 km da capital. A casa onde ele estava pertence a Frederick Wassef, então advogado da família Bolsonaro.

Ao ser preso, Queiroz disse que estava “muito doente”. O caseiro afirmou que ele estava no local havia mais de um ano.

As autoridades suspeitam que Queiroz recebia parte do salário pago pela Alerj a funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro, quando o senador era deputado estadual. Flávio nega a acusação.

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