Mistura de anticorpos protegeu macacos e hamsters da Covid-19, diz estudo

Ensaios pré-clínicos apontaram resultados promissores no que poderia ser uma forma de prevenção contra a infecção causada pelo novo coronavírus.

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A combinação de dois anticorpos humanos pode ser o caminho para o tratamento da Covid-19. Um artigo publicado na segunda-feira (3) como prévia (pre-print) mostrou que a mistura protegeu macacos e hamsters do coronavírus Sars-Cov-2 em laboratório. Artigos em prévia ainda não foram revisados por outros cientistas.

Anticorpos neutralizantes, são aqueles capazes de destruir o vírus. Nos experimentos in vivo, os pesquisadores identificaram dois tipos “mais potentes”:

  • REGN10987
  • REGN10933

A combinação dos dois foi avaliada pelos pesquisadores de uma farmacêutica dos Estados Unidos em macacos rhesus (Macaca mulatta) e em hamster-sírios (Mesocricetus auratus). Eles descreveram que os animais injetados apresentaram apenas sintomas leves da doença quando expostos ao vírus.

Os resultados levaram em conta a infecção em 12 macacos e 50 hamsters que os cientistas da Regeneron Pharmaceuticals avaliaram separadamente. Cada espécie foi dividida em três grupos diferentes: os que receberam a mistura, os que receberam um placebo e os que não receberam nada – é o chamado grupo de controle.

Macacos Rhesus usados em experimento — Foto: K. West/CNPRC Phoyo/Divulgação

Macacos Rhesus usados em experimento — Foto: K. West/CNPRC Phoyo/Divulgação

Os macacos não desenvolvem casos agudos da Covid-19, mas os cientistas perceberam que os primatas que receberam a combinação dos anticorpos neutralizantes foram menos propensos a desenvolver pneumonia em comparação com os dos outros dois grupos.

Diferente dos primatas, os roedores, quando infectados com o Sars-Cov-2 ficam bastante doentes. Os pesquisadores identificaram que nos animais injetados com a mistura de anticorpos, e expostos ao vírus, os espécimes conseguiram se manter saudáveis e até ganhar peso.

Este é ainda um estudo preliminar de fase pré-clinica e os pesquisadores reconhecem que ainda falta entender melhor quais mecanismos são ativados pelos anticorpos e qual a concentração deles capaz de proteger pacientes humanos.

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