Um tratado internacional proibindo armas nucleares foi ratificado por Honduras, o 50º país a endossá-lo, permitindo que o texto entre em vigor em 90 dias, informou um funcionário da ONU neste sábado (24).
“Hoje é um dia de vitória para a humanidade e uma promessa de salvar o futuro”, disse Peter Maurer, presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), em comunicado. Outras ONGs também saudaram a conquista.
O Tratado de Proibição de Armas Nucleares, que proíbe o uso, desenvolvimento, produção, teste, armazenamento e ameaça de uso desse tipo de arsenal, foi aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em julho de 2017, com votação de 122 países e assinado por 84.
“Honduras acaba de ratificar [o tratado]. É o 50º estado a fazê-lo, o que é histórico e permite sua entrada em vigor”, disse a Campanha Internacional pela Abolição das Armas Nucleares (ICAN) em sua conta no Twitter.
A ONG recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2017 por seu papel no desenvolvimento deste tratado.
Os principais países com armas nucleares, incluindo Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, China e Rússia, não assinaram o documento.
Ativistas a favor da proibição esperam que a ratificação tenha o mesmo impacto que os tratados internacionais anteriores que proíbem minas terrestres, estigmatizando a posse e o uso de armas nucleares, o que pode levar a uma mudança de comportamento dos países não signatários.
Os países com armas nucleares, por sua vez, argumentam que seus arsenais servem de dissuasão e afirmam estar comprometidos com o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.