Um forte sismo de magnitude 6,4 foi registrado na Croácia nesta terça-feira (29), segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor provocou o desabamento de prédios na cidade de Petrinja, no centro do país, e a morte de pelo menos seis pessoas — uma menina de 12 anos e cinco homens — segundo o Ministério do Interior croata.
Além disso, pelo menos seis pessoas ficaram gravemente feridas e 20 levemente feridas.
Um jardim de infância, felizmente vazio, está entre os prédios que colapsaram pela força do terremoto.
O ministro da Saúde, Vili Beros, informou que os pacientes com Covid-19 e outros internados num hospital psiquiátrico serão transferidos para outras cidades para deixar leitos para as vítimas do sismo.
Com profundidade de 10 km, o tremor aconteceu em torno das 8h30 pela hora de Brasília. Seu epicentro se situa cerca de 50 km ao norte da capital croata, Zagreb, próximo da localidade de Petrinja.
Segundo o Centro Sismológico Euromediterrâneo, o tremor seria de magnitude 6,2 e foi sentido com força também na capital do país, Zagreb, onde moradores assustados saíram às ruas.
Imagens da cidade, de cerca de 20.000 habitantes, mostravam o colapso de telhados e ruas com escombros.
Socorristas e o exército foram mobilizados para buscar pessoas presas sob os escombros dos edifícios afetados.
O tremor se deu um dia após um sismo de menor magnitude em Petrinja que causou danos em edifícios. Os Bálcãs são uma zona de forte atividade sísmica, e esses fenômenos são frequentes.
Central nuclear fechada na Eslovênia
O terremoto foi sentido na capital da Eslovênia, Liubliana, assim como em vários países da região, especialmente na Hungria e na Áustria, relataram testemunhas em depoimentos aos jornais.
A equipe de Proteção Civil do bloco estava “preparada para viajar para a Croácia assim que a situação permitir”, tuitou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também reagiu: “Nossos pensamentos estão com os trabalhadores feridos e na linha de frente”.
A planta nuclear eslovena de Krsko foi fechada de forma preventiva, informou uma porta-voz desta central atômica.
Segundo a agência de notícias STA, trata-se de um “procedimento normal em caso de fortes terremotos”.
Construído na época iugoslava e em funcionamento desde 1983, o reator do tipo Westinghouse de Krsko, de 700 megawatts de potência, é o único da Eslovênia. O país compartilha a planta nuclear com a Croácia.
Chegou-se a programar o encerramento de sua atividade para 2023, após 40 anos de funcionamento. Em 2015, porém, Liubliana e Zagreb decidiram prolongar sua atividade por mais 20 anos, apesar dos protestos de várias ONGs.
A central cobre em torno de 20% das necessidades elétricas da Eslovênia, e 15% da Croácia.