O governo da Venezuela se colocou à disposição para disponibilizar oxigênio para atender os hospitais do estado do Amazonas, que vive um cenário caótico devido ao aumento de casos e mortes causados pela pandemia do novo coronavírus.
Jorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, usou as redes sociais para ressaltar que a “solidariedade latino-americana” está acima de tudo.
“Por instruções do presidente Nicolás Maduro, conversamos com o governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, para disponibilizar imediatamente o oxigênio necessário para atender o contingente de saúde em Manaus. Solidariedade latinoamericana acima de tudo!’, escreveu Arreaza.
O governador Wilson Lima (PSC) agradeceu prontamente o gesto e Arreaza afirmou ser “sempre uma honra poder dar uma mão ao povo do Brasil, principalmente em momentos tão complexos. Para o Bolivariano, a solidariedade é um dever.”
A demanda por oxigênio hospitalar explodiu diante do aumento de casos de coronavírus no estado. Estima-se que há uma necessidade de consumo do insumo de mais de dez vezes mais do que a média.
De acordo com a “Folha de S.Paulo”, empresas aumentaram a produção até o limite e buscam soluções por meio de importação. A White Martins, principal fornecedora de oxigênio para o estado amazonense, afirmou que atuará na importação do oxigênio vindo da Venezuela.
Mesmo com uma crise sem precedentes durante a noite desta quinta-feira (14), o Jair Bolsonaro (sem partido) promoveu sua transmissão semanal nas redes sociais. O presidente esteve ao lado de Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, que admitiu que a Manaus vive uma situação de colapso.
“A procura por oxigênio na capital subiu seis vezes, então, já estamos aí em 75 mil metros cúbicos de demanda de ar na capital e 15 mil metros cúbicos no interior. Estamos já com a segunda aeronave entrando em circuito hoje, a C-130 Hércules, fazendo o deslocamento Guarulhos – Manaus, e a partir de amanhã [sexta-feira,15] entram mais duas e chegaremos a seis aeronaves, totalizando ai algo em torno de 30 mil metros cúbicos por dia, a partir de Guarulhos. Nessa ponte aérea, existem também os deslocamentos terrestres”, afirmou o ministro.