VACINAS | Pais devem manter a carteira de vacinação dos filhos atualizada

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A caderneta de vacinação é um dos primeiros documentos que a criança adquire. Mas, na medida em que os anos vão passando ela acaba sendo deixada de lado. As anotações são importantes para a saúde pública, como explica a médica Lidiane Cavalcante Costa, pediatra da Prefeitura que atende na urgência e emergência da Unidade José Adelino, na zona Leste de Porto Velho.

“A caderneta é fundamental. A população precisa saber que é um documento nacional. Ali há outros dados importantes da criança, como curva de crescimento e peso. É como se fosse a história de vida da criança”, destaca a pediatra.

Houve um tempo em que a caderneta registrava apenas informações básicas como vacinas, altura e peso. O documento evoluiu. Agora, traz detalhes como a troca de dentes da criança, como ocorre e como agir na escovação, aleitamento materno e orientações valiosas.

Atualizar as vacinas e, consequentemente a caderneta, tem grande relevância para a saúde pública, afeta a coletividade, pois ajuda a evitar a volta de doenças ou controlar as que não foram erradicadas. O novo coranavírus (Covid-19) trouxe também o medo de levar as crianças às Unidades de Saúde da Família, o “postinho do bairro”, como são conhecidas.

“Temos que nos proteger, ter cuidado. Já temos o problema da Covid-19 e se as crianças não forem vacinadas abre-se o leque para outras doenças. Temos visto muitas crianças com vacinas atrasadas e o temor de contrair a Covid-19 é o principal fator”, diz a médica.

MEDIDAS NECESSÁRIAS

Em 2016, o Brasil erradicou o sarampo, mas não demorou muito para a doença voltar, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS). Em 2020, as estratégias de vacinação contra a doença foram repensadas por conta da pandemia.

Segundo a pediatra, quanto mais pessoas vacinadas melhor.

“Quando temos uma população vacinada, a probabilidade de uma doença circular diminui. Já estamos vendo doenças como o sarampo, voltando ao país”, lamenta Lidiane.

ADESÃO

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), disponíveis no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), mostram que na Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza (2019), por exemplo, de uma população de 41.727 (crianças indígenas e não indígenas), 36.258 doses foram aplicadas, ou seja, a cobertura vacinal foi de 86,89%. Em 2020, caiu para 22.908 doses aplicadas, com cobertura vacinal de 54,90% na mesma população.

Fazem parte do cronograma de vacinas de rotinas quatro imunizantes destinados a crianças: Pentavalente, Pneumocóccica, Poliomielite e Tríplice Viral. Entre 2019 e 2020, a população vacinal deste público foi de 8.800 pessoas na Capital.

Em 2019, foram aplicadas 4.666 doses da Pentavalente (79,53%), Pneumocóccica foi de 4.560 doses (84,55%), Poliomielite com 4.642 doses (79,13%) e Tríplice Viral (79,09%).

Já em 2020, os dados foram os seguintes: Pentavalente com 6.501 doses aplicadas (73,88%), Pneumocóccica 7.359 doses (83,63%), Poliomielite 6.395 doses (72,67%) e Tríplice Viral 6.536 aplicações (74,27%).

VACINAÇÃO NA CAPITAL

O serviço de vacinação de rotina nas unidades de saúde está sendo realizado somente no período da manhã, das 7h às 12h. A mudança foi necessária devido ao novo fluxo de atendimento nas unidades, que na parte da tarde recebem exclusivamente pacientes com sintomas de coronavírus encaminhados pelo call center.

Para facilitar o acesso da população ao serviço de imunização, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) destacou uma unidade em cada ponto da cidade para realizar a vacinação em período integral. Na zona Sul, a Unidade de Saúde da Família (USF) Areal da Floresta é um ponto polo de vacinação. No Centro, a USF Santo Antônio e na zona Leste a USF José Adelino, na sala CEO localizada no anexo da unidade. Essas três unidades oferecem a vacina das 7h às 17h30 de segunda a sexta-feira.

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