“A parte mais difícil é o agradecimento: o quanto de emoção me causa estar vendo o resultado desse curso. Entender a baciloscopia traz clareza do meu papel como profissional de saúde, por isso sabemos que a coleta não pode ser feita de qualquer forma”. Essas foram as palavras de Alexandre Casimiro, consultor técnico do Ministério da Saúde (MS), da Coordenação Nacional de Hanseníase durante o encerramento do curso Curso EAD, sobre Baciloscopia Digital em Hanseníase Microscopia e Interpretação de Laudos Técnicos, ministrado para profissionais da Saúde de Rondônia.
Participaram do curso 17 profissionais, entre farmacêuticos, bioquímicos e técnicos de laboratório de 11 municípios de Rondônia e um distrito de Porto Velho, que se reuniram no auditório do Laboratório Central de Rondônia (Lacen), durante cinco dias de treinamento, por meio da realização de aulas práticas e teóricas, num total de 40 horas.
Motivador e entusiasta das capacitações, o diretor-geral da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Gilvander Gregório de Lima, explicou que outros técnicos deveriam participar do treinamento, no entanto não tiveram oportunidade. “Os que vieram têm a certeza de que o curso realmente era para eles, e os que não puderam vir, certamente estão cuidando do laboratório em suas cidades, mas outras oportunidades chegarão. Esse momento é de agradecimento a todos os envolvidos no treinamento”, disse o diretor.
O curso Baciloscopia Digital foi realizado em tempo real por técnicos da Fundação Alfredo da Matta, do Amazonas, que interagiram e ministraram as aulas juntamente com técnicos do Ministério da Saúde e apoio da equipe da Coordenação Etadual da Hanseníase da Agevisa.
A capacitação é uma novidade na área da microscopia e foi comemorada pelo diretor-presidente da Fundação Alfredo da Matta, Ronaldo Derzy, que enviou uma palavra durante a finalização do curso. “Estou muito feliz e acho revolucionária a questão da microscopia. Com certeza teremos avanços no combate à hanseníase. Estamos todos felizes por Rondônia e com nosso primeiro curso EAD”, declarou.
O ministrante do curso, Ewerton Sales, também servidor da Fundação Alfredo da Matta (FUAM) de Manaus, informou que o certificado emitido na conclusão do curso terá o peso da Universidade Estadual do Amazonas (UEA).
Albanete Araújo de Almeida, coordenadora estadual do Programa de Hanseníase na Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) agradeceu às equipes tanto da Universidade Estadual do Amazonas, quanto da FUAM pela delicadeza dos colaboradores diretamente envolvidos com o curso, Lacen e com as referências municipais. “Parabéns a todos, o curso foi realizado mediante uma logística inovadora e envolvente, foi intensivo e as pessoas participaram muito bem da coleta técnica. Teria sido difícil sem o envolvimento de cada um de vocês”.
Alexandre Casimiro falou sobre a importância do curso para cada profissional envolvido: “Sou apaixonado pela baciloscopia e um curso desse só trás força e o controle de qualidade de maneira mais ampla, o que é ótimo, pois buscamos um resultado de excelência na baciloscopia”, disse. “E para finalizar, um conselho: sempre façam a coleta e análise com muito critério, se tiver dúvida não libera, mostra para o colega e discute com ele”, orientou.
Este é o primeiro curso realizado de maneira remota/virtual, e o objetivo do Ministério da Saúde é de que seja realizado em outros estados da Federação. Esta etapa concluída faz parte do projeto “Ação para eliminação da Hanseníase” (Apeli), realizado por meio de parceria entre a Fundação Alfredo da Matta, Universidade Estadual do Amazonas e Ministério da Saúde.
PARTICIPAÇÃO
Participaram profissionais de saúde de Ariquemes, Ji-Paraná, Seringueiras, Alta Floresta, Jaru, Buritis, Presidente Médici, Ministro Andreazza, Guajará-Mirim, Porto Velho e do distrito de Nova Califórnia.