Nesta segunda-feira (25) se comemora o “Dia Municipal da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha” em Porto Velho, conforme a lei criada em 2021 e sancionada pelo prefeito Hildon Chaves. A data traz reconhecimento a essas mulheres diante de toda a contribuição dada ao desenvolvimento do município.
Excepcionalmente este ano, a programação especial ocorrerá em novembro, mês em que também é celebrado o Dia da Consciência Negra, quando haverá uma extensa programação para celebrar as duas datas.
Porém, em alusão ao dia 25 de julho, uma cartilha está sendo confeccionada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf), enaltecendo o papel de várias mulheres negras que tanto contribuíram para com o desenvolvimento de Porto Velho, especialmente na saúde e na educação. A cartilha também será lançada em novembro.
As homenageadas são enquadradas nas categorias: saberes tradicionais, cultura, empreendedorismo, invisibilidade social, entre outras
EDUCADORA
Entre essas personagens está Úrsula Depeiza Maloney, filha de imigrantes da ilha caribenha de Barbados. Úrsula nasceu no dia 16 de dezembro de 1936 em Porto Velho e teve sua trajetória marcada pela dedicação à educação.
Ela formou-se como professora em 1962, na Escola Carmela Dutra. Posteriormente cursou licenciatura curta em comunicação e expressão pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRG), licenciatura plena em letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e ainda fez pós-graduação em metodologia do ensino superior na Universidade Federal de Rondônia (Unir).
Durante 44 anos dedicados à educação, Úrsula fez diversos outros cursos, ajudou a formar centenas de professores na capital e no interior de Rondônia, ocupou diversos cargos em áreas administrativas e de gestão escolar, bem como teve papel importante no processo de transição do território para o estado de Rondônia.
“Seus conhecimentos e experiências foram transmitidos para muitas gerações em escolas públicas e particulares, com destaque para a história e geografia de Rondônia no ensino médio do então Colégio Dom Bosco, entre tantos outros”, explica Elsie Shockness, representante da causa junto à Semasf.
DATA NACIONAL
O Dia da Mulher Negra é celebrado no Brasil desde o início do século XXI, mas foi instituído oficialmente pelo governo brasileiro pela Lei nº 12.987/2014.