O empresário Jaime Bagattoli ainda não confirmou sequer aos aliados mais próximos se será ou não candidato a prefeito de Vilhena no ano que vem. Seu nome vem sendo mencionado por causa do bom desempenho na disputa pelo Senado em 2018, quando, escorado na própria história pessoal de sucesso e empurrado pela “Onda Bolsonaro”, ele quase beliscou uma das duas vagas, ficando pouco atrás do ex-governador Confúcio Moura (MDB).
O problema enfrentado por Bagattoli, apesar da expressiva votação na cidade (acima de 80%) para senador, é de ordem partidária: além de ter todos os seus aliados expurgados da executiva do PSL no Estado, em Vilhena ele não sabe nem quem comanda a legenda.
Se quiser concorrer a prefeito, Jaime tem até março do ano que vem para decidir se permanece na sigla ou se busca abrigo em outra agremiação. Ele já teria, inclusive, recebido convite para se filiar ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), do vice-presidente Hamilton Mourão.
Mas, se mudar, o vilhenense enfrenta outro problema: perde a chance de assumir como senador, caso o senador Confúcio Moura (MDB) seja cassado por abuso de poder no pleito do ano passado, como é esperado por alguns de seus simpatizantes. Para sair sem perder o direito de herdar a cadeira de Confúcio, ele precisaria ser expulso do PSL.
FATOR MARCOS ROCHA
A maior dificuldade do empresário para viabilizar seu nome no PSL é o governador Marcos Rocha, que domina o partido em Rondônia. Os dois já trocaram afagos e palavras duras, e atualmente, continuam mutuamente amuados.
Pior: “na palavra” (porque não há diretório eleito na cidade), o atual presidente do PSL em Vilhena é o advogado Ricardo Zancan, secretário de Planejamento do prefeito Eduardo Japonês (PV), que pretende ir para a reeleição e quer Jaime fora do páreo. Aliás, o mandatário oriental tem se aproximado cada vez mais de Marcos Rocha, o que pode ajudá-lo a eliminar o adversário em potencial no ano que vem.